VOCÊ SONHA EM TER UMA FAMÍLIA PERFEITA?

Quem nunca teve este sonho?
Aprendemos a sonhar, desde crianças, em vivermos numa família perfeita. Criamos um mundo imaginário, onde não há discórdias, não há conflitos, onde tudo tem um final feliz, iguais aos dos contos de fada: “ E eles viveram felizes para sempre” .
Crescemos com essa esperança; que no final de toda história a felicidade irá reinar.
Hoje adultos, sabemos que os “finais felizes” de contos de fada existem só em contos de fada!
Mas, e os nossos sonhos? Eles continuam existindo e estão lá esperando para serem concretizados. Porém, para isto, precisamos tomar decisões.
Vale ressaltar que o estudo aqui proposto trata das deficiências de cada um. E como a própria palavra diz: deficiência é algo que falta, algo que não é completo. Aquilo que gostaríamos que o outro fosse mas não é. Portanto, casos como violência, maus tratos, desrespeito com a integridade alheia devem ser tratados, buscando até mesmo, se possível, uma ajuda profissional.
Podemos então enumerar três tipos de decisões que precisamos tomar, a fim de manter a chama do amor sempre acessa.
Primeira Decisão: COMPREENDER AS DEFICIÊNCIAS DO OUTRO
Existe alguém perfeito?
Os maridos quase sempre não são os homem ideais, e se perguntarmos a eles, com certeza suas esposas também não serão as mulheres ideais. No relacionamento entre pais e filhos encontramos estes mesmos problemas: os filhos não têm os pais que sonham ter, e os pais não conseguem moldar seus filhos conforme sempre idealizaram.
Então, como poderemos compreender as deficiências do outro?
Basta olhamos para os nossos próprios erros.
O Apóstolo Paulo nos diz em sua carta aos Romanos:
Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. Porque sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim” (Rm 7:15-20).
O Evangelista nos faz refletir que embora, muitas vezes, querendo acertar continuamos a cometer diversos erros. Mesmo para aqueles que são conhecedores do Evangelho, praticantes da Palavra. E isso acontece com todos nós devido a herança da Queda, pois somos filhos da desobediência.
Um ponto importante a ser observado é que Amar ao próximo como a si mesmo significa: relacionar-se com quem está ao seu lado do mesmo modo que gostaria de ser tratado. Segunda Decisão: ACEITAR AS DEFICIÊNCIAS DO OUTRO
Aprendemos que fica fácil compreender o outro, a partir do momento em que nos colocamos em seu lugar.
Agora vamos trabalhar um outro ponto que é aceitar estas deficiências, sem sermos históricos.
Ser histórico são todas as vezes que, quando o outro faz algo de que não gostamos, começamos a relembrar das tantas vezes que nos decepcionou ou nos feriu..
Já imaginou se sempre que você errar Cristo colocar o dedo acusador em riste e começar a lhe cobrar o preço da cruz?
Agora você deve estar pensando: Mas eu não sou Cristo!
Então respondemos com uma lógica: Somos cristãos; e se somos cristãos é porque temos a Cristo; e se temos a Cristo o Espírito Santo habita em nós; e se habita produzimos seu fruto. E qual é este fruto? Amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gl 5:22-23).
Portanto, sendo possuidores de todos estes atributos, será que não podemos fazer uso deles para manter a harmonia dos nossos relacionamentos?
Se Deus é que efetua em nós tanto o querer como o realizar, e estamos cada vez mais procurando nos aperfeiçoar em sua lei para termos uma família saudável, é porque o Criador já colocou este sentimento em nossos corações, então precisamos fazer tudo que está ao nosso alcance, como usar o fruto do Espírito, sem murmurações nem contendas, para nos tornarmos irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida, onde os valores familiares deixaram de ser importantes. Desta forma, resplandeceremos como luzeiros no mundo, preservando a Palavra da Vida, para que no dia de Cristo, nos gloriemos de que não corremos em vão, nem nos esforçamos inutilmente (Fl 2:13-16).
Se ainda assim, houver um sentimento de impotência, faça como Marta, rogue a Jesus, para que este solicite ao Pai pela ressurreição da sua fé (Jo 11:22). Terceira Decisão: CONVIVER COM AS DEFICIÊNCIAS DO OUTRO
Já percebermos a necessidade de compreender as deficiências do outro, agora a segunda e última etapa, e talvez a mais difícil, é a CONVIVÊNCIA. Pois o dia-a-dia desgasta, e precisamos sempre estar atentos.
É fácil compreender alguém que não tem tendências para cozinhar e aceitar o feijão queimado, o arroz cru e a carne sem sal; o difícil é comer todos os dias este mesmo cardápio.
Mas se houver ... Amor , tudo fica mais fácil!
Como já disse Paulo: O amor é paciente (...) tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1Cor. 13:7). E o que é comer uma refeição ruim por apenas uns 20, 30 ou 50 anos?
Brincadeiras à parte, mas este exemplo precisa ser analisado. Toda pessoa que cozinha mal tem essa consciência, e no fundo deve se sentir culpada por não saber criar pratos saborosos. Se começarmos a criticar, cada vez mais ela irá se sentir desestimulada para continuar com esta prática, porém se nada dissermos quanto aos erros e a elogiarmos naqueles momentos em que houve uma exceção, ou seja, acertou no tempero, isso fará com que esta pessoa queira mais um elogio. Desta forma procurará aprender e caprichar para que seu ego seja elevado ou seu complexo de culpa amenizado.
Quantas vezes já ouvimos falar que só através da prática do amor podem existir as verdadeiras transformações?
O exemplo citado é apenas um entre tantos outros que podemos lembrar, porém a moral da história é: se sempre olharmos os problemas com bom humor tudo fica mais fácil, e a convivência mais tranqüila.
Portanto, talvez não tenhamos aquela família perfeita, com qual sonhamos tanto, mas se tomarmos a decisão de seguir os dois conselhos, que são compreender e conviver com os defeitos alheios, seremos perfeitos para nossa família, conseqüentemente teremos mais paz e tranqüilidade em nossos lares.
Oremos
Senhor, Tu és quem dá o querer e o realizar,
E se hoje procuro ter uma família unida,
É porque o Senhor já colocou este sentimento em meu coração,
Então, Pai , me fortalece e me orienta através da Tua Palavra.
Em nome de Jesus.
Amém!
Joseane Pires

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