QUANDO O PEDIR VEM ANTES DE DAR

Perdoar não é um ato fácil de se fazer. Quantos não sentem esta dificuldade.
Algumas pessoas até dizem: Eu posso até perdoar, mas esquecer nunca!
Muitas vezes, por conta de uma intransigência perdemos parentes, amigos; pessoas de quem gostamos muito, mas que um dia nos magoou e não conseguirmos superar esta decepção.
Não saber perdoar é como pedra solta no asfalto, que a princípio é imperceptível, mas com o passar dos tempos acaba se transformando em um buraco muito maior.
Certa vez o apóstolo Pedro perguntou a Jesus: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu hei de perdoar? Até sete? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete; mas até setenta vezes sete (Mt 18:21-22).
A nossa dificuldade de perdoar vem da incapacidade de pedir perdão.
Se Jesus nos alerta quanto a necessidade de aprendermos a perdoar, muito mais vezes Ele fala da urgência de pedirmos perdão.
Quando isto acontece?
Todas as vezes em que ele nos ensina que devemos ser humildes e mansos de coração.
Ser humilde é esvaziar-se de nós mesmos, é nos despojar do orgulho e da vaidade para que o Espírito Santos tenha morada em nossos corações.
Ser manso é, principalmente, exercitar a misericórdia para com o outro.
A partir do momento em que aprendemos a pedir perdão a Deus, reconhecendo - como o Apóstolo Paulo - nossas fraquezas, afirmando: Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico. (Rm 9:19), confessando - com real arrependimento - que somos pecadores, o amor Divino nos encherá.
E uma vez cheios deste amor sentiremos, também, a necessidade de amar.
Passaremos a ser mais complacentes com os erros alheios, pois, tal qual o irmão, também somos carentes de compreensão, uma vez que percebemos o quanto nos é difícil corrigir as nossas imperfeições.
Se sou falho, como posso julgar o meu próximo? Jesus diz: Por que vês o argueiro no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? ( Lc 6:41).
Não somos quem pensamos ser, ou seja, aquelas pessoas cheias de verdades, irrepreensíveis ou impecáveis; Tiago, em sua epístola diz: Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar é um homem maduro – tanto em estatura moral como na espiritual - , capaz de refrear também todo o seu corpo (Tg 3:2).
Mas este domínio ainda não faz parte da natureza humana, então o Apóstolo completa: A língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero. Com ela bendizemos ao Senhor e Pai; também com ela amaldiçoamos os homens, feitos á semelhança de Deus (Tg 3:8-9).
Se não conseguirmos nem dominar a nossa língua, quanto mais os nossos atos.
Aprender a pedir perdão, este é o primeiro passo para conseguirmos perdoar.
Oremos:
Senhor , sei o quanto é difícil reconhecer os meus erros,
E o mais difícil ainda: pedir perdão,
Mais, Pai, só Tu tens o poder de modificar o meu ser,
Transforma o meu coração de pedra por um coração de carne
Capaz de reconhecer as minhas fraquezas,
antes mesmo de acusar meu irmão.
Em nome de Jesus.
Amém!
Joseane Pires

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