VALE A PENA ORAR?

Geralmente quando nos deparamos com algo impossível de acontecer, e que para nós é de suma importância a sua realização, recorremos a Deus na esperança Dele tudo resolver.
Mas com o passar dos tempos - pois nem sempre as respostas de Deus são atendidas de imediato - começamos a ter dúvidas e a questionar se estas orações, feitas ao Criador da Vida, serão atendidas ou não.
Ouvimos histórias em que sonhos impossíveis foram realizados. Pessoas que confiando em Deus, depositam ao pé da cruz seus pedidos, sonhos e esperanças, indo de encontro as opiniões de muitos que, conhecedores desses problemas, sentenciam estas causas como ‘perdidas’.
O sobrenatural é descrito, algumas vezes, como algo palpável, realizável. Contudo, não se sabe o porquê, nem todos conseguem alcançar a bênção solicitada.
Então nos perguntamos: O que pode acontecer com a minha oração?
Em 1 Samuel no Cap. 1, conhecemos a história de Ana, uma mulher quebrantada pela dor, por não poder gerar filhos. Naquela época uma mulher estéril era discriminada e vítima de zombarias e deboches pelas outras mulheres. Era exatamente o que estava acontecendo com Ana.
Constantemente chorava e não comia, isto fazia o seu marido entristecer, pois muito a amava, tendo um carinho todo especial, dispensando a ela um tratamento acima do comum. Todavia, tudo isto não era suficiente para a nossa amiga, ela queria ter um filho.
Certo dia, estando no Templo, Ana orou ao Senhor e chorou. Sua dor era tão grande que fez um voto, dizendo: Deus, se generosamente olhares para a aflição de tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva Tu não esqueceres, e me deres um filho varão (ou seja, um filho homem), ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida.
Deus ouvi as orações e súplicas desta mulher e lhe deu um filho, a quem ela colocou o nome de Samuel , que quer dizer: Do Senhor o pedi.
No auge de sua aflição, esta mulher, procurou auxílio na única pessoa que poderia ajudá-la: Deus.
O mesmo não aconteceu com o Rei Davi. Ele estava vivendo a dor e a angústia de perder um filho - apenas quem já passou por uma experiência assim é que pode dizer o tamanho do sofrimento - a nós cabe apenas imaginar seu desespero, pois esta criança era o primeiro fruto de um casamento, em que por amor a esta mulher, Davi, pois em risco o seu reinado.
Buscou Davi a Deus pela criança. Jejuou, chorou e passou a noite prostrado ao chão, porém ao sétimo dia este filho morreu. Temiam os seus servos de informá-lo, achavam que a sua aflição seria ainda maior.
Ao saber da morte de seu filho, Davi se levantou da terra, lavou-se, ungiu-se, mudou de vestes, entrou na casa do Senhor e adorou; depois veio para sua casa, pediu pão e comeu.
Ao verem esta cena, todos perguntaram: Que é isto que fizeste? Pela criança viva jejuastes e choraste; porém depois que ela morreu, te levantaste e comeste pão.
Então Davi respondeu: Vivendo ainda a criança, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se o Senhor se compadecerá de mim, e continuará viva a criança? Porém, agora que é morta, por que jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? (2 Sm 12;15-24)
Mesmo não sendo atendido em sua oração, Davi não deixou de adorar a Deus, nem maldizer pelo que havia acontecido.
Seu amor e confiança por Deus estavam além dos seus interesses.
Pouco tempo depois, Davi tivera seu segundo filho com esta mesma esposa, e esta criança recebeu o nome de Salomão.
Jesus também passou por momentos de angústias e aflições.
Na noite em que iria ser traído, Jesus se retirou a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar. Levou consigo, três dos seus apóstolos: Pedro, Tiago e João, para que compartilham-se com ele suas tristezas e angústias, pois confidenciara: minha alma está profundamente triste até a morte.
No entanto nenhum dos três entenderam a sua dor, assim, ao invés de estarem em vigília e oração, dormiram.
Jesus sabia o que estava por vir, e orando disse: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia não seja como eu quero, e, sim, como tu queres.
E em uma outra oração, nesta mesma noite, Jesus diz: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu beba, faça-se a tua vontade.(Mt 26:36-42)
Cristo sabia o que iria enfrentar dali por diante, que iria carregar sobre Si o pecado da humanidade, que no momento da crucificação, mesmo que temporariamente, estaria separado de Deus.
Jesus/homem sofria, porém o Jesus/Deus sabia que seu martírio era necessário para salvação do mundo.
Em sua oração usou uma condicional: Se possível; pois o mais importante era fazer a vontade de Deus.
Nem todos aqueles que oram a Deus por seus problemas conseguem resolvê-los, mas todos aqueles que tiveram seus problemas resolvidos foi porque oraram.
Oremos: Senhor, ensina-me a confiar em Ti
de tal forma que,
independente de resultados,
eu possa continuar a Te adorar e a bendizer o Teu nome e os Teus feitos. Amém.
Joseane Pires

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