É muito comum nesta época do ano as empresas realizarem seus balancetes anuais, avaliando o ano que se passou, planejando realizações para o ano que está por iniciar, programando estratégias para alcançar novas metas. Todo cristão, preocupado com o seu crescimento espiritual deverá, também, passar por um balancete anual. É chegado o momento em que devemos fazer nossas reflexões. Então vejamos: AVALIAÇÃO
O que estamos levando de experiências para 2007? Qual a história que acabamos de escrever? Geralmente nos auto-avaliamos achando que deveríamos ter feito mais, ter amado mais, ou ter brigado menos, ter cobrado menos, etc.. Enfim é uma lista interminável de mais e menos. Ou podemos refletir em: Quantas vezes perdoamos ou pedimos forças, perante o Criador, para superar um sentimento de vingança?
Quantas vezes utilizamos a Palavra para levar conforto e alívio, sem emitir um pré-julgamento?
Quantas vezes deixamos o conforto do lar para auxiliar um necessitado?
Mas quer saber de uma verdade? Nada disso agora importa! Pois o principal não é o que realizamos e sim o que faremos a partir de agora, pois “Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Cor. 5:17)
Se cairmos é tempo de levantar, se erramos é tempo de corrigir, se choramos é hora de acreditar que voltaremos a sorrir, pois em Cristo somos sempre mais do que vencedores.
Mas para que isto aconteça, muitas vezes, faz-se necessário que Deus use de correção, uma vez que fomos adotados como filhos, “ porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe” (Hb 12:6), portanto, não fiquemos tristes se estamos sob a disciplina, pois “ com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça. Por isso, restabelecei as mão descaídas e os joelhos trôpegos; e fazei caminhos retos para os pés, para que não se extravie o que é manco; antes, seja curado” (Hb 12:11-12).
Contudo se, o ano que se passou tudo fizemos, trabalhamos com ardor na obra do Senhor, fomos perseverantes, suportando provas em nome de Cristo, e agora estamos nos sentindo desestimulados, para não dizer enfraquecidos, em continuar com as mesmas lutas e batalhas por mais um ano, lembremos da promessa de Jesus: “Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus” (Ap.2:7b).
Imagine qual seria o sentimento de Maria se não tivesse acreditado na anunciação do anjo e, naquele estábulo, quando do nascimento do Cristo não mantivesse os olhos fixos no futuro?
Imagine, também, se Abraão, José, Moíses, Josué, os profetas, bem como todos os Apóstolos que viveram, por muitas vezes, a dor e o sofrimento de serem maltratados, abandonados e injuriados, olhassem apenas para o presente?
Pois os verdadeiros cristãos, que acreditam no Deus bíblico, conhece sua fidelidade “E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28), portanto, mesmo que tenhamos vivido um ano atribulado precisamos manter os olhos fixos no porvir, sabedores que o Criador da Vida utiliza-se de meios - por nós - desconhecidos, a fim de não desviarmo-nos do caminho estreito da salvação.
PLANEJAMENTO
Quando chega o final de cada ano é natural que as pessoas pensem no que fizeram ou deixaram de fazer, o que conseguiram ou perderam.
É salutar planejar nossa vida secular, porém em nossos objetivos pré-traçados atitudes cristãs estão presentes?
Poucos levam estes planejamentos para o lado espiritual, por exemplo:
Muitas vezes fazemos planos de trocar de carro, um que seja mais novo e possante para melhor atender as nossas necessidades, porém esquecemos de “engatar marcha” saindo da posição confortável de “apenas ovelhas” para sermos também obreiros.
Outras vezes prometemos que este ano será diferente, procuraremos fazer cursos, tentar entrar em uma faculdade, fazer uma pós-graduação a fim de alavancar nossa carreira profissional, mas será que planejamos utilizar nossos conhecimentos intelectuais para contribuir em algum ministério?
Atualizamos as nossas agendas telefônicas, escolhemos uma agenda diária que melhor corresponda aos nossos compromissos, mas... e a lista de orações? Pensamos também em atualizar esta relação ou a mesma continuará a conter nomes que nem mais nos lembramos o porquê de estarem ali, ou simplesmente continuaremos a orar, de forma mecânica, pelos problemas alheios sem mesmo procurar saber se foram ou não resolvidos?
Será que a história se repetirá referente às promessas de ler toda a bíblia em um ano? Durante os dois primeiros meses recorreremos aquelas programações já impressas de ler 3 capítulos por dia e, como outras tantas vezes, leremos apenas Gênesis, Êxodo barrando em Levítico – por achamos chato e cansativo; e tudo isto feito de forma automática, sem nada absolver, mais preocupados em cumprir com o programa do que em refletir sobre as mensagens.
Ou passaremos, novamente, todo ano marcando datas para iniciar uma nova dieta, por nos acharmos acima do peso ideal, sem perceber quantos magros estão ao nosso redor, não por opção mais por falta real de alimentos?
Enfim, para que possamos dizer que elaboramos um bom planejamento precisamos equilibrar tanto o aspecto material quanto o lado espiritual.
Pois a vida nos exige sermos como Marta, mas é imprescindível personificar atitudes como a de Maria.
ESTRATÉGIAS
Agora chegamos a parte final do nosso balancete, o momento de traçarmos as estratégias para realização dos nossos planejamentos ministeriais.
Portanto, precisamos:
• Ter sabedoria: “ Se, porém, algum de vos necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes improperes; e ser-lhe-a concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar; impelida e agitada pelo vento” (Tg 1:5-6)
• Confiar, mesmo quando estejamos sendo, mais uma vez, atribulados: “ Lembrai-vos, porém, dos dias anteriores, em que, depois de iluminados, sustentastes grande luta e sofrimentos; ora expostos como em espetáculos, tanto de opróbrio quanto de tribulações, ora tornando-vos co-participantes com aqueles que desse modo foram tratados.
Porque não somente vos compadecestes dos encarcerados, como também aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens, tendo ciência de possuirdes vós mesmos patrimônio superior e durável.
Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão.
Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa.
Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará; todavia, o meu justo viverá pela fé” (Hb 10:32-38)
• E por fim, não temer em procurar realizar as obras, pois nossa força não está centrada em nós, mais naquele que diz, a saber Jesus Cristo: “ Não fostes vós que me escolhestes a mim, pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao pai em meu nome, ele vo-lo conceda” ( Jo 15:16).
E se mesmo após tudo isto a dúvida e o receio ainda pairar sobre nossos corações lembremos do que o Senhor falou para Josué, no momento em que ele deveria dar início ao seu comissionamento: “Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o Senhor, teu Deus, é contigo por onde quer que andares” (Js 1:9).
Amém!
Joseane Pires
BALANCETE ANUAL DA VIDA CRISTÃ
É muito comum nesta época do ano as empresas realizarem seus balancetes anuais, avaliando o ano que se passou, planejando realizações para o ano que está por iniciar, programando estratégias para alcançar novas metas. Todo cristão, preocupado com o seu crescimento espiritual deverá, também, passar por um balancete anual. É chegado o momento em que devemos fazer nossas reflexões. Então vejamos: AVALIAÇÃO
O que estamos levando de experiências para 2007? Qual a história que acabamos de escrever? Geralmente nos auto-avaliamos achando que deveríamos ter feito mais, ter amado mais, ou ter brigado menos, ter cobrado menos, etc.. Enfim é uma lista interminável de mais e menos. Ou podemos refletir em: Quantas vezes perdoamos ou pedimos forças, perante o Criador, para superar um sentimento de vingança?
Quantas vezes utilizamos a Palavra para levar conforto e alívio, sem emitir um pré-julgamento?
Quantas vezes deixamos o conforto do lar para auxiliar um necessitado?
Mas quer saber de uma verdade? Nada disso agora importa! Pois o principal não é o que realizamos e sim o que faremos a partir de agora, pois “Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Cor. 5:17)
Se cairmos é tempo de levantar, se erramos é tempo de corrigir, se choramos é hora de acreditar que voltaremos a sorrir, pois em Cristo somos sempre mais do que vencedores.
Mas para que isto aconteça, muitas vezes, faz-se necessário que Deus use de correção, uma vez que fomos adotados como filhos, “ porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe” (Hb 12:6), portanto, não fiquemos tristes se estamos sob a disciplina, pois “ com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça. Por isso, restabelecei as mão descaídas e os joelhos trôpegos; e fazei caminhos retos para os pés, para que não se extravie o que é manco; antes, seja curado” (Hb 12:11-12).
Contudo se, o ano que se passou tudo fizemos, trabalhamos com ardor na obra do Senhor, fomos perseverantes, suportando provas em nome de Cristo, e agora estamos nos sentindo desestimulados, para não dizer enfraquecidos, em continuar com as mesmas lutas e batalhas por mais um ano, lembremos da promessa de Jesus: “Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus” (Ap.2:7b).
Imagine qual seria o sentimento de Maria se não tivesse acreditado na anunciação do anjo e, naquele estábulo, quando do nascimento do Cristo não mantivesse os olhos fixos no futuro?
Imagine, também, se Abraão, José, Moíses, Josué, os profetas, bem como todos os Apóstolos que viveram, por muitas vezes, a dor e o sofrimento de serem maltratados, abandonados e injuriados, olhassem apenas para o presente?
Pois os verdadeiros cristãos, que acreditam no Deus bíblico, conhece sua fidelidade “E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28), portanto, mesmo que tenhamos vivido um ano atribulado precisamos manter os olhos fixos no porvir, sabedores que o Criador da Vida utiliza-se de meios - por nós - desconhecidos, a fim de não desviarmo-nos do caminho estreito da salvação.
PLANEJAMENTO
Quando chega o final de cada ano é natural que as pessoas pensem no que fizeram ou deixaram de fazer, o que conseguiram ou perderam.
É salutar planejar nossa vida secular, porém em nossos objetivos pré-traçados atitudes cristãs estão presentes?
Poucos levam estes planejamentos para o lado espiritual, por exemplo:
Muitas vezes fazemos planos de trocar de carro, um que seja mais novo e possante para melhor atender as nossas necessidades, porém esquecemos de “engatar marcha” saindo da posição confortável de “apenas ovelhas” para sermos também obreiros.
Outras vezes prometemos que este ano será diferente, procuraremos fazer cursos, tentar entrar em uma faculdade, fazer uma pós-graduação a fim de alavancar nossa carreira profissional, mas será que planejamos utilizar nossos conhecimentos intelectuais para contribuir em algum ministério?
Atualizamos as nossas agendas telefônicas, escolhemos uma agenda diária que melhor corresponda aos nossos compromissos, mas... e a lista de orações? Pensamos também em atualizar esta relação ou a mesma continuará a conter nomes que nem mais nos lembramos o porquê de estarem ali, ou simplesmente continuaremos a orar, de forma mecânica, pelos problemas alheios sem mesmo procurar saber se foram ou não resolvidos?
Será que a história se repetirá referente às promessas de ler toda a bíblia em um ano? Durante os dois primeiros meses recorreremos aquelas programações já impressas de ler 3 capítulos por dia e, como outras tantas vezes, leremos apenas Gênesis, Êxodo barrando em Levítico – por achamos chato e cansativo; e tudo isto feito de forma automática, sem nada absolver, mais preocupados em cumprir com o programa do que em refletir sobre as mensagens.
Ou passaremos, novamente, todo ano marcando datas para iniciar uma nova dieta, por nos acharmos acima do peso ideal, sem perceber quantos magros estão ao nosso redor, não por opção mais por falta real de alimentos?
Enfim, para que possamos dizer que elaboramos um bom planejamento precisamos equilibrar tanto o aspecto material quanto o lado espiritual.
Pois a vida nos exige sermos como Marta, mas é imprescindível personificar atitudes como a de Maria.
ESTRATÉGIAS
Agora chegamos a parte final do nosso balancete, o momento de traçarmos as estratégias para realização dos nossos planejamentos ministeriais.
Portanto, precisamos:
• Ter sabedoria: “ Se, porém, algum de vos necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes improperes; e ser-lhe-a concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar; impelida e agitada pelo vento” (Tg 1:5-6)
• Confiar, mesmo quando estejamos sendo, mais uma vez, atribulados: “ Lembrai-vos, porém, dos dias anteriores, em que, depois de iluminados, sustentastes grande luta e sofrimentos; ora expostos como em espetáculos, tanto de opróbrio quanto de tribulações, ora tornando-vos co-participantes com aqueles que desse modo foram tratados.
Porque não somente vos compadecestes dos encarcerados, como também aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens, tendo ciência de possuirdes vós mesmos patrimônio superior e durável.
Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão.
Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa.
Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará; todavia, o meu justo viverá pela fé” (Hb 10:32-38)
• E por fim, não temer em procurar realizar as obras, pois nossa força não está centrada em nós, mais naquele que diz, a saber Jesus Cristo: “ Não fostes vós que me escolhestes a mim, pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao pai em meu nome, ele vo-lo conceda” ( Jo 15:16).
E se mesmo após tudo isto a dúvida e o receio ainda pairar sobre nossos corações lembremos do que o Senhor falou para Josué, no momento em que ele deveria dar início ao seu comissionamento: “Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o Senhor, teu Deus, é contigo por onde quer que andares” (Js 1:9).
Amém!
Joseane Pires
SÓ ESCOLHAS CERTAS RESTAURAM OS OSSOS
Primeiro: ACREDITAR EM DEUS ANTE O IMPOSSÍVEL
Segundo: OBEDECER A DEUS, POR MAIS ESTRANHO QUE POSSA PARECER.
Terceiro: SÓ DEUS RESTAURA À VIDA.
A fé vem pela pregação, e a pregação pela palavra de Cristo – Rm 10.17
Qual é o tipo de escolha que estamos fazendo?
O que você escolhe? Deus está falando neste momento com você.
Oremos
Senhor, ensina-me a fazer apenas
a tua vontade, ao invés de
querer fazer a minha.
Amém!
Joseane Pires
O BOM PAI IMITA O FILHO
No mês de agosto é comemorado o dia dos pais. Em todos os lugares observamos frases ou imagens retratando - de um lado - pais amorosos e provedores, e - do outro - filhos saudáveis e felizes. Mas será que a realidade geral é esta?
Os erros cometidos pelos pais parecem que são, às vezes, transferidos como uma doença hereditária. Um homem, outrora filho, foi negligenciado em seus sentimentos: mal compreendido, mal amado, mal assistido. Agora, este mesmo homem, no papel de pai, transfere aos filhos os mesmos erros cometidos pelo seu genitor. Isto não é regra de conduta, porém, grande parte da população assim age - mesmo que inconscientemente.
Como, então, quebrar-se-á esta corrente? A resposta será: a partir do momento que o homem centralizar o eixo de sua vida em Cristo Jesus.
Assim como os filhos imitam os pais, o homem-pai revestido em um novo ser, onde recebeu a graça divina de ser adotado como filho, deverá ser um imitador; agora não mais do pai terrestre, mais sim do Pai Celestial, conforme Jesus nos ordenou fazer: Sede pois imitadores de Deus, como filhos amados (Ef. 5:1).
O apóstolo Paulo orienta como isto deve ser feito: Se, pois, fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. (Colossenses 3:1). Esta busca não é o poder, pois muitos se perderam no caminho tentando ser iguais a Deus - recapitulando desta forma o pecado de Adão e Eva. Esta imitação deverá ser a encarnação dos atributos divinos, tais como: sabedoria, santidade, justiça, bondade e verdade. Além do amor, misericórdia e liberdade.
Vivenciar estas qualidades, no mundo de hoje, parece ser impossível aos olhos humanos, porém, o autor da carta aos Coríntios nos explica este sentimento: Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucuras; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. (1º Cor 2:14)
Portanto, como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.(1ª Pedro 1:14-16).
Muitos, infelizmente, apegando-se ao fato de serem humanos não buscam a santificação, taxando a si mesmos de falhos, mas... não era homem também o nosso Senhor? Antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança (Hb 4:15b), e não conseguiu Ele vencer todas as tentações?
Necessário se faz - assim como foi o apóstolo Paulo - ser imitador de Jesus, que, como um bom filho, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo (...), a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.(Fp 2:7-8).
O homem no papel - designado por Deus - de ser pai, precisa aprender a imitar o Filho do Homem, fazendo de sua vida um exemplo a ser seguido, conduzindo aqueles a quem o Pai Altíssimo concedeu a honra de criar e educar como filhos na carne, para que no futuro possam, tal qual o apóstolo Paulo, dizer: Porque, ainda que tivésseis milhares de preceptores em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais, pois eu, pelo evangelho, vos gerei em Cristo Jesus.(1º Cor 4:15)
Que Deus o abençoe e ilumine.
Joseane Pires
VOCÊ OUVE BEM?
Você já parou hoje para ouvir a voz de Deus? Você não sabia? Deus fala. De múltiplas formas. Ainda que citasse as maneiras que conheço seria insuficiente. Porém, sei que Ele se comunica conosco o tempo todo.
O Salmo 19 retrata esse fenômeno da comunicação divina: Os céus proclamam a glória do Senhor e o firmamento anuncia as obras de Suas mãos..." (v. 1)
Os céus falam!
Há vozes que ecoam dos céus aos seres da Terra todos os dias trazendo mensagens diversas a homens diversos.
Não foi apenas a mulher de Pilatos que teve sonhos atribulados lhe avisando que seu marido não deveria se envolver com o julgamento de Jesus. Cada um de nós tem uma experiência para contar, de ter projetado ir a algum lugar e, no último momento, desistir e lá acontecer uma tragédia.
Seria uma inverdade dizer que um daqueles músicos do grupo Mamonas Assassinas não teria ouvido a voz de Deus quando na véspera do acidentesonhou com um avião explodindo e eles morrendo?
O texto do Salmo 19 continua: "e o firmamento anuncia as obras de Suas mãos"
A criação comunica a palavra de Deus. A semente viva para se tornar árvore, precisa morrer, para ressuscitar nesse ciclo que produzirá frutos. Fala da provisão, do cuidado divino, basta olhar para as aves que não semeiam nem ceifam, mas Deus não deixa faltar o pão. Diz dessa força da vida sobre a morte, pois quando se arranca uma planta e deixa a raiz, a vida sobrepuja a morte, e planta renasce mais verde e bela.
"Muitas vezes e de diversos modos outrora falou Deus aos nossos pais pelos profetas. Ultimamente nos falou por seu Filho, que constituiu herdeiro universal, pelo qual criou todas as coisas." (Hebreus 1.2) Nos últimos dias, que se chama Hoje, Deus fala e continua falando, principalmente, por intermédio do Seu Filho Jesus. Ele é a expressão exata do Ser de Deus. Por Ele tudo foi criado e nada que existe, existe fora Dele. Ele tem propósitos para sua vida, são planos de paz e reconciliação com Deus. Quem tem deixado de dar ouvidos a Sua voz, tem ignorado o bem supremo que Ele oferece: a Vida Eterna. Ele diz: "Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida." (João 8.12) E diz mais: "Quem é de Deus ouve as minhas palavras..."
MELHOR DO QUE DESCER É NÃO SUBIR
Por diversas vezes ouvimos falar que a vida é um palco, infelizmente, para a maioria das pessoas este palco se mostra sombrio, sem perspectiva, com cenas reais de uma realidade assustadora.
Mas, em contra-partida, existem os palcos iluminados, onde sempre brotam a esperança e a fé para uma vida melhor. Tenha Vida Eterna é o convite no final do espetáculo, quando as cortinas se baixam e a platéia sente o renovo de um novo nascimento.
Porém, não quero falar aqui da mensagem, e sim do seu anunciador, pois, quem ocupará o tablado e proclamará a Boa Nova? Quem será o ator que protagonizará a mensagem da salvação?
Muitos dirão: Somos nós; comissionados por Deus para divulgar o Evangelho até os confins da terra. Não foi assim que Jesus pregou sobre a grande comissão? E com estes raciocínios ocupam seus lugares de destaque e entram em cena. Tudo está em perfeita ordem: fala ensaiada, marcação posta, vestuário perfeito, texto decorado... Mas, quando as cortinas sobem deparam-se com uma realidade, muitas vezes esquecida: o ator principal deverá ser sempre e unicamente Jesus.
Dar-se início a uma dura batalha interior, pois Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá conhecer? (Jeremias 17:9). Em sua ânsia de proclamar o Evangelho o homem esquece da mensagem da cruz.
O Apóstolo Paulo em sua carta aos Filipenses (2:6-8) nos diz: Pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. A morte de cruz para Jesus foi a crucificação do pecado da humanidade com a finalidade de sua salvação, a morte de cruz para nós é a crucificação do nosso ego com a finalidade de proclamar a salvação ‘apenas’ através de Jesus Cristo.
Em sua 1ª carta aos Coríntios, o Apóstolo adverti: não ultrapassei o que está escrito (1Cor 4:1). E o que é que está escrito: necessário que Ele cresça e que eu diminua (João 3:30) - palavras do Cristo Jesus, o Deus que se fez homem; viveu entre os homens; suportou a dor, fome, tristezas e angústias como homem, para mostrar ao homem que tudo é possível aquele que crê. Tudo isto com a finalidade de que ninguém se ensoberbeça a favor de um em detrimento de outro. Pois quem é que 'nos' faz sobressair? E o que temos nós que não o tenhamos recebido? E, se o recebemos, por que nos vangloriar, como se o não tivéssemos recebido? (1Cor.4:6b-7) (conjugação proposital).
Paulo continua no mesmo capítulo mostrando o que se espera de um ministro de Cristo: Porque a mim me parece que Deus nos pôs a nós, ‘despenseiros’ em último lugar, como se fôssemos condenados à morte; porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens. Nós somos loucos por causa de Cristo... fracos... desprezíveis. Até a presente hora sofremos fome, e sede, e nudez; e somos esbofeteados, e não temos morada certa, e nos afadigamos, trabalhando com as próprias mãos. Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, procuramos conciliação; até agora, temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos. (vv.9-13). Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo. (1Cor11:1).
Jesus Cristo é o Senhor da Vida que veio da morte, Ele precisou primeiro morrer para depois ressuscitar, enfrentou antes a humilhação para só depois vir em glória. Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me ( Mateus 16:24). Pois é chegada a hora de ser glorificado o Filho do homem. Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto (João 12:23-24).
Faz-se necessário a morte do eu, para que a Palavra viva.
Faz-se necessário não buscar os louvores dos homens, mas conduzir aqueles que louvam ao único que merece todo o louvor.
No palco da Vida não somos o protagonista nem muito menos os coadjuvantes, somos meros contra-regras, onde: escolhemos o teatro, montamos a cena, preparamos os textos... mas, ficamos por detrás das cortinas, de forma que ninguém perceba a nossa presença.
Quando por alguém fores convidado para um casamento, não procures o primeiro lugar para não suceder que havendo um convidado mais digno do que tu, vindo aquele que te convidou e também a ele, te diga: Dá o lugar a este. Então, irás envergonhado, ocupar o último lugar (Lucas 4:8-9).
ENXERGANDO O OUTRO A PARTIR DE SI PRÓPRIO
“Não julgueis, e não sereis julgados.
O pecado de Adão e Eva, no jardim do Éden, trouxe inúmeras conseqüências à humanidade, tais como: auto-sustento (Gn 2.17c); submissão da mulher ao marido (Gn 2.16); dores na concepção de filhos (Gn 2.16); inclinação para o que é mal (Sl 14; Ef 2.1-3) e, uma seqüela que vem antes de qualquer outra citada, que é o julgamento temerário, o qual costuma transferir a culpabilidade para o outro, forjando nele sempre um “bode expiatório”.
Vejamos: O “bode” de Adão foi Eva, por sua vez, o de Eva foi a serpente. A serpente não tendo ninguém para acusar, ficou encurralada. Porém, com o interesse de eliminar a saga humana do "bode expiatório", Deus ao sentenciar os transgressores, faze-o de acordo com o erro cometido de cada um, promovendo clareza de culpa e juízo.
Na conspiração do homem contra Deus e posterior acerto de contas, é levado em consideração a participação individual dos envolvidos, segundo seus pecados. A inferência extraída desse pressuposto é que nenhum ser humano escapa ao juízo divino, portanto, todos são culpáveis e carecem da glória de Deus.
Sabendo que a humanidade possui essa pulsão de constante incriminação do outro, como julgar? Diz, o Senhor Jesus: Julguem o outro a partir do julgamento de si próprio. Do contrário, quem não julga a partir de si, é cego de entendimento, pois se autocondena naquilo que julga, sofre de “miopia espiritual”, posto que não enxergará mais nada do irmão, senão, o cisco, ainda que julgue ter encontrado uma trave nele.
O que o "juiz" não sabe é que o cisco do irmão que tanto lhe incomoda, é insignificante diante da trave que ele possui e nem percebe. Não sabe ele ainda, que a trave encontrada em seu entendimento é o único impedimento para que seu julgamento seja eficaz. Enquanto caminha enxergando o cisco alheio e não vendo sua trave, é hipócrita, continua coando mosquitos e engolindo bois, limpando o exterior do copo e deixando sujo o interior, preocupando-se com o adorno da aparência e negligenciando a sujeira do coração.
Para o Senhor Jesus somente mediante as lentes da coerência pode-se julgar o outro com retidão.
Sendo assim, entendemos Mateus 7.1-5, não como um texto que “bate o martelo” contra o julgamento das pessoas que falham, mas remete-nos a examinar a nossa consciência acerca dos pecados que cometemos, para que, no “espírito” da graça divina, venhamos a ajudá-los e sermos ajudados em momento oportuno.
Edson de Lima Rodrigues
A QUEM ESTOU PREGANDO?
Tenho aprendido, a cada dia, querer mais e mais a presença de Deus em minha vida, e isto está me levando há muitas reflexões, pois a comunhão com o Criador da Vida só se dará plenamente através de um coração contrito, capaz de vasculhar seu interior sem utilizar máscaras ou subterfúgios para encobrir a podridão da alma.
É através destas meditações que tenho descoberto o sentido da advertência de Jeremias (cap. 17:9): Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá conhecer?. Pois, costumeiramente, nos iludimos com o próprio discurso, evitando navegar nas águas profundas do nosso ser.
É preciso ter a coragem de enxergar o verdadeiro eu. Para que isto aconteça existe apenas um só caminho a percorrer: Deixar Deus invadir a privacidade da alma, sem medos, nem receios, abertos para ouvir a Sua voz. Pois Ele afirma “Eu, o Senhor, esquadrinho a mente, eu provo o coração; e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações (Jeremias 17:10).
Não dá mais para deitar a cabeça e dormir um sono tranqüilo sem perguntar: O que tenho que mudar dentro de mim?
Não dá mais para viver sem morrer a cada dia, extirpando todo sentimento egoísta.
Não dá mais para caminhar sem querer ter esta comunhão com o Altíssimo.
Quando assim procedermos, nosso mundo começará a desmoronar, porque o Pai Maior vasculha áreas em nossas vidas que ainda estão em processo de conversão. Mas, é apenas desta forma que estaremos prontos para fazer a vontade do EU SOU.
Vaidades, orgulhos, soberbas, sentimentos muitas vezes disfarçados por um coração enganoso, travestido de servo, mas que se desnuda e mostra a sua verdadeira cara quando se confronta com o esquadrinhar de Deus.
Nunca este versículo esteve tão presente em minha vida: O tempo está cumprido, e é chegado o reino de Deus. Arrependei-vos (Marcos 1:15).
Resta-me agora encarar a verdade e responder a pergunta: A quem estou pregando?
A IMPORTÂNCIA DE UM FORNO PRÉ-AQUECIDO
Certa vez, assistindo, na televisão, a um desses programas de culinária, observei os cuidados que devemos ter antes de preparar um bolo.
Geralmente nos preocupamos em saber se não está faltando os ingredientes; se as medidas estão corretas; porém, esquecemos da importância de pré-aquecer o forno, conforme a orientação do mestre-cuca.
Nossa ânsia de provar a guloseima, queimamos esta etapa, indispensável, na preparação do bolo.
Assim, também, acontece em nossa caminhada com Cristo.
Estamos tão preocupados, em saborear as promessas de Deus, que esquecemos de priorizar as orientações feitas pelo Criador da Vida.
E quais são estas orientações?
Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas as coisas vos serão acrescentadas. (Mt 6:33)
É muito comum queremos barganhar para receber primeiro os acréscimos, e só daí dedicar-nos ao Reino e buscar a justiça divina.
E isto, geralmente, acontece quando estamos passando por momentos de crises. Queremos as soluções antes de nos deleitar com a Palavra.
Na passagem bíblica sobre a pesca milagrosa (Lc 5), encontramos homens sem esperanças de conseguirem o seu ganha pão, naquele dia. Passaram toda à noite na pesca e nada conseguiram: “ Mestre, havendo trabalhado toda noite, nada apanhamos.” (vv.5a).
Assim, muitas vezes, estamos nós. Quando Jesus nos convida para recomeçar a jornada, dando-nos um pouco de esperança, lembramos – automaticamente- de todas às vezes que já o tentamos e não tivemos êxitos.
Mas, Simão - que também é chamado de Pedro –, mesmo diante da sua incredulidade no sucesso da nova pescaria, preferiu crer nas promessas de Jesus e jogou, novamente, as redes ao mar da Galiléia: “ mas sobre a tua palavra lançarei as redes.” (vv. 5b)
Porém, antes disto acontecer, ou seja, de Jesus mandar que jogassem as redes ao mar, há uma particularidade, muitas vezes não percebida, devido a nossa incessante busca pelas bênçãos celestiais.
“Entrando em um dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia; e assentando-se, ensinava do barco as multidões.” (vv 3)
O fenômeno da pesca milagrosa só foi possível porque ANTES Simão ouviu a palavra de Jesus e se fez servo para que os ensinamentos de Cristo alcançassem outras pessoas.
Ou seja, Pedro foi o primeiro a ouvi a pregação - pois Jesus estava ao seu lado – e, fora o próprio apóstolo, quem manobrou o barco, enquanto Cristo falava as multidões.
O que a passagem bíblica nos ensina?
PRIMEIRO: “Buscai primeiro o Reino de Deus ...”
Nos momentos de desilusões, quando achamos que nada mais irá adiantar, não devemos lutar contra a maré, precisamos nos colocar ao lado de Jesus, compartilhar de Sua intimidade, sermos os primeiros a querer ouvir a sua voz – e isto se faz dentro de nossos corações - , para fortalecer e revigorar as nossas almas.
SEGUNDO: “...E a sua justiça ...” Depois, conduzindo o barco da vida, sermos o instrumento da revelação, ensinando que Jesus veio para: “anunciar boas novas aos pobres; proclamar libertação aos cativos, e restaurar a vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos.” (Lc 4:18). TERCEIRO: “...E todas as coisas vão serão acrescentadas ...” Só assim alcançaremos - fartamente - grandes quantidades de bênçãos. Teremos as nossas necessidades físicas e espirituais supridas - “ isto fazendo, apanharam grande quantidades de peixes”(Lc 5:6 a) - , assim grande paz transbordará de nossos corações - “ e rompiam-se-lhes as redes (vv.6b). Quando pré-aquecemos os nossos corações da Palavra Divina (forno), e vivenciamos o Evangelho no dia-a-dia (elaboração do bolo), passamos a refletir a glória de Deus em nossas ações e atitudes ( a satisfação de ter acertado a receita). Uma vez cheios do Espírito Santo, sentimos a necessidade de compartilhar entre os irmãos, o amor e a misericórdia de Deus em nossas vidas. “ Então fizeram sinais aos companheiros do outro barco, para que fossem ajuda-los. E foram e encheram ambos os barcos ao ponto de quase irem a pique” ( Lc 5:7).
QUERO VOLTAR A SER CRIANÇA!
Se alguém perguntar a um adulto, se gostaria de voltar a ser criança - é fácil de imaginar que, rapidamente - lembrará das contas à pagar, das preocupações com o trabalho profissional, das responsabilidades em que, todas as pessoas de sua faixa etária, se ver envolvido, enfim, virá à tona todas as correrias do dia-a-dia, depois surgirá em sua tela mental imagens de crianças brincando, estudando, sem nenhuma preocupação com o dia de amanhã, e a resposta com certeza será um belo e sonoro: CLARO QUE SIM!.
Mas, se esta mesma pergunta for proferida a um adolescente - isto seria mesmo que uma afronta - pois lembrará rapidamente da dependência dos seus pais. Decisões simples como: o que irá comer no almoço; qual roupa deverá vestir para ir a tal festa ou passeio; ou qual programa de TV poderá assistir, caberiam exclusivamente para os seus genitores decidirem, e a sua resposta - já podemos imaginar - um repugnante: NÃO!.
Embora sejam formas diferentes de se analisar uma mesma pergunta, ambas, em suas particularidades, estão corretas quando compreendemos o que realmente Jesus quis dizer, quando afirmou: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.” (Mt 18:3)
Costumeiramente, ouvirmos esta passagem ressaltando a necessidade de voltarmos a ser crianças como sinônimo de pureza, simplicidade, lealdade e ingenuidade. Porém gostaria de compartilhar este mesmo trecho das Escrituras sob um novo ângulo.
Primeiro: Ele chama a atenção para a necessidade de uma conversão.
Muitas vezes fazemos um conceito errado do que seja a conversão. Enganam-se aqueles que pensam que conversão é apenas saber quem foi Jesus e o que ele fez por nós, por que o CONHECER não muda ninguém .
O Apóstolo Paulo já nos adverte em sua carta aos Romanos, de que não basta ter apenas o conhecimento, pois a sociedade gentílica - daquela época - mesmo tendo acesso aos justos decretos de Deus, descartam esse conhecimento: " Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem ." ( Rm 1:32)
Várias pessoas conhecem os jogadores que foram escalados para a Seleção Brasileira de Futebol, mas este conhecimento não os tornam jogadores, muito menos craques.
Outro erro é achar que conversão é APROVAR o sacrifício da cruz. Aprovar as táticas utilizadas em campo, não transforma ninguém em técnico de futebol.
Outros acham que se uma pessoa está em uma religião cristã, já está convertida. Na verdade conversão significa “volta”, quer dizer: voltar-se do pecado para Cristo, reconhecendo nossa pequenez perante o Criador, arrependendo-se de não o tê-lo "ainda" aceito como seu Salvador e conseqüentemente instituíndo-o como seu Senhor.
Segundo: Cristo afirma que é preciso vos tornardes como crianças. Ele fala da dependência exclusiva do Pai, e quanto menor em idade for a criança - que devemos nos tornar - maior será esta comunhão.
Acertadamente os adolescentes, da ilustração acima, imaginam a correta dependência, pois tudo que temos vem dAquele que, não só nos dá à vida, mas, supri as nossas VERDADEIRAS necessidades.
Faz-se urgente relembrarmos do tempo em que pedíamos permissão aos nossos pais para tomar qualquer decisão, e aplicarmos hoje - tais procedimentos - em nossas orações, com o compromisso sincero de acatar estas ordens.
Os adultos, também - mencionados aqui -, acertam quando imaginam crianças em confiança absoluta, vivendo despreocupadas, pois sabem que existem alguém, acima delas, que as guardam de todo o mal, mesmo que não compreendam algumas atitudes.
"E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito." (Rm 8:28)
Sempre que nos sentir só ou desamparados, basta clamar que o socorro sempre virá - não importa o quanto demore - pois, Ele é fiel e justo: "Amo o Senhor, porque ele ouve a minha voz e as minhas súplicas. Porque inclinou para mim os seus ouvidos, invoca-lo-ei enquanto eu viver" (Sl 116:1-2).
Jesus alerta: Para entrar no Reino dos Céus, é necessário conversão e dependência, arrependimento e entrega, mudança e obediência.
Cristo em uma outra passagem continua afirmando:"Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele." (Mc 10:15).
MINHA GRAÇA TE BASTA
Lá estava eu, dentro de um avião rumo a São Paulo - Guarulhos, para participar do Congresso da SEPAL que duraria uma semana, inteirinha, em Águas de Lindóia.
Naquele momento agradeci a Deus; sabia que tudo tinha sido por Sua vontade, pois há um mês tudo aconteceu de forma a proporcionar a minha participação; porquanto, quando ainda não havia conseguido nem sair do lugar, é que entreguei tudo nas mãos dAquele que me trouxe à Vida, em sua onipotência, eis que tudo foi providenciado ... Silenciosamente.
Eu aprendi, desde muito tempo, a perguntar - tantos nos momentos felizes quanto nos momentos tristes (principalmente nestes) – o que o nosso Pai Altíssimo quer nos ensinar com estas experiências.
Para este evento, a primeira lição começaria, ao desembarcar no aeroporto: esperei no saguão de desembarque, durante 9 horas, o transporte para o hotel, e levamos cerca de 7:30 horas no percurso que normalmente se dá entre 3 a 4 horas (isto se houver engarrafamento na marginal do Tiête).
Ao chegar ao destino tive uma surpresa, surgindo daí umapergunta: Por que apenas eu, de um grupo de 6 amigos, fiquei hospedada em um hotel longe da cidade, enquanto todos haviam sido transferidos, pela administração do evento, para ficarem juntos em um hotel no centro da cidade? Coincidência? Não, esta seria a minha segunda lição.
Na verdade, foram muito mais ministrações diretas de Deus em meu coração; mas, hoje, quero apenas compartilhar apenas duas delas: Longanimidade e confiança na providência divina.
Como pregadores, vivemos falando e ensinando sobre o fruto do Espírito - Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, alonganimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade. (Gal 5:22),esquecendo-nos, muitas vezes, de colocarmos em prática tais ensinamentos.
Já ouvi a comparação de que o fruto do Espírito é semelhante a uma tangerina, e de que cada gomo representa uma qualidade. Vou mais além com este exemplo: Toda tangerina tem caroços, mas nem todos os gomos os possuem. Portanto, se cada gomo representa uma das qualidades, acredito que os caroços em alguns gomos simbolizam alguns atributos do fruto ainda em fase de desenvolvimento. Já tentou mastigar um desses caroços? São amargos e difíceis de digerir. E quanto mais caroços, mais dificuldades.
Assim, penso, são alguns atributos do fruto do Espírito. Alguns, devido a nossa natureza interior, são fáceis de aprender e desenvolver, enquanto outros...
Durante todo o evento fui confrontada com situações em que fazer valer os meus direitos seria a opção mais natural, mas algo dentro de mim estava sempre sinalizando: paciência, longanimidade, paciência, longanimidade...
São capacitações, paralelas à vida cotidiana que Deus nos faz cursar. A inscrição vem do alto, com custo zero, porém precisamos ter desprendimento uma vez que a ministração é realizada em tempo integral.
Nunca sabemos quando será aplicada a prova final.
O Segundo ensinamento é: SEMPRE confiar na providencia divina.
Quando me vi longe dos meus amigos, a primeira reação foi sentir-me sozinha, isolada, rejeitada. Mas num segundo momento, busquei a Palavra, e a Palavra diz: “e sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28).
Qual era o propósito de Deus de eu estar naquele evento? Para que Deus me levou até lá? Por que o ‘isolamento’?
Naquele momento, esta foi a minha oração: Deus o que Tu queres que eu aprenda com tudo isto? Esta deve ser a oração de todo cristão, que passa por situações que sua razão desconhece, penso eu!
Deus me respondeu: MINHA GRAÇA TE BASTA! E disse mais: Eu te chamei para teres um encontro comigo. Eu te chamei para entenderes a razão das muitas dores sofridas em tua caminhada. Eu te isolei porque quero ficar a sós contigo.
O que Deus falou ao meu coração fica entre mim e Ele.
Mas o ensinamento está para quem tem olhos para ver e ouvidos para escutar.
COMO SAIREMOS DA LATA?
Quando era pequena, nos meus 7 anos de idade, aproximadamente, tive um passarinho de que gostava muito, não por cantar mas porque era um 'perneta', após ter sofrido um acidente em sua gaiola (Hoje, sou totalmente contra a qualquer tipo de cativeiro).
Certo dia, o encontrei morto. Foi a minha primeira experiência com a morte. Um dos meus amiguinhos disse que um passarinho seu havia morrido. Ele ficou muito triste,mas aí teve uma grande idéia: colocou o bichinho dentro de uma lata e bateu. Bateu tanto que o animal voltou à vida. Em minha inocência, quis fazer a mesma coisa: coloquei o meu passarinho dentro da lata e passei a manhã toda batendo, fiz o maior barulho, e de vez em quando dava uma 'espiadinha’ para ver se ele havia ressuscitado.
Chegou um momento em que entreguei os pontos - meu passarinho não reviveu. Conformada realizei seu funeral, colocando-o dentro de um buraco em um muro que estava em construção. Foi duro, mas sobrevivi a experiência. Serviu como base para enfrentar a morte humana.
A morte física promove, para muitos, um sentimento de impotência, pois olhar para um corpo - agora desfalecido - querendo travar um relacionamento, tornar-se um ato inútil, pois seria o mesmo que estivesse falando com um boneco, uma porta, ou um objeto qualquer. A perda de um ente querido - seja parente ou amigo - é a prova mais dura de enfrentar. Imaginar o quanto, ainda, poderiam ser felizes juntos; quantas palavras seriam trocadas; quantas juras de amor proferidas; quantos carinhos compartilhados...
Assim, também, sente Deus com relação a todos nós.
Estamos mortos espiritualmente, inertes, devidos aos nossos delitos e pecados, herança contraída dos nossos primeiros pais - a saber, Adão e Eva - que foram seduzidos pela astúcia e tentação, decaindo da sua retidão original e da comunhão com Deus, tornando-se mortos em pecado e inteiramente corrompidos em todas as faculdades e partes do corpo e da alma (confissão de fé), por isso Paulo, o apóstolo, em sua carta aos Romanos diz: Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram (Rm 5:12).
Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida (I Jo 5:12). Jesus diz: Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo (Ap. 3:20). Deus hoje, está nos colando dentro de uma lata, batendo com todas as forças para despertamos da morte e ressurgir para à vida.
Qual será a nossa decisão?
QUANDO A FRAQUEZA É UM EXEMPLO
É muito comum, hoje em dia, a busca da fama; seja ela através da televisão, música, imprensa ou esportes. São pessoas que fazem de tudo para impressionar, mostrar o que tem de melhor, ou até mesmo: fingir que tem algo melhor, para alcançar seus sonhos e objetivos.
Isto porque, intimamente, sabemos – e valorizamos - que o mundo está à procura de ídolos, para que possam ditar regras e costumes. Alguém que impressione, deixando todos boquiabertos, com seus atos grandiosos.
Esquecemos que a vida é feita - não de momentos extraordinários, mas - de atos simples e contínuos. Objetivos são alcançados pelo simples transcorrer e trabalhar de cada dia.
E ser simples significa: ser sincero, sem segundas intenções, levando-nos a viver uma vida transparente. É estar de coração puro perante os homens e, principalmente, diante de Deus. Porque Deus se compraz com a sinceridade.
Sinceridade de sentimentos expõe quem verdadeiramente somos sem disfarces ou fingimentos. Somos o que somos: ora fortes, ora fracos; às vezes confiantes outras vezes medrosos; transmitindo alegrias, ou demonstrando tristezas; sorridentes ou chorosos.
Há um homem na Bíblia, chamado Davi, que foi escolhido por Deus para governar o seu povo, porém este pecou, cometendo adultério, chegando a ter a tramar a morte do companheiro da mulher amada - pois viver uma vida ao lado de Deus, não significa que estejamos isentos de cometer erros.
Mas quando caiu em si, reconhecendo o seu delito, não se escondeu através de máscaras, antes confessou ao Criador da Vida seu pecado, dizendo: Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias. Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado. Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim (Salmos 51:1-3).
Enquanto este rei não olhou para si mesmo, reconhecendo seu erro, viveu atormentado com a sua consciência, veja o que ele diz no Salmo 32 (vv.3-4):Enquanto guardei silêncio, consumiram-se os meus ossos pelos meus constantes gemidos todos os dias. Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio.
Porém, confessando, com real sinceridade de arrependimento, foi alcançado pela Graça Divina: Confessei-te o meu pecado, e a minha iniqüidade não encobri. Disse eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a culpa do meu pecado (Salmos 32:5).
Quando temos a coragem de reconhecer nossas fraquezas Deus é misericordioso conosco. O Apóstolo João diz: Se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (1º João 1:9).
O Rei Davi foi um homem extraordinário, amado por Deus e exemplo seguido por muitos - isto até hoje. Não pelo fato de ter sido um grande guerreiro ou um providente rei, mas porque tinha a coragem de expor para Deus suas fraquezas.
QUANDO O PEDIR VEM ANTES DE DAR
Perdoar não é um ato fácil de se fazer. Quantos não sentem esta dificuldade.
Algumas pessoas até dizem: Eu posso até perdoar, mas esquecer nunca!
Muitas vezes, por conta de uma intransigência perdemos parentes, amigos; pessoas de quem gostamos muito, mas que um dia nos magoou e não conseguirmos superar esta decepção.
Não saber perdoar é como pedra solta no asfalto, que a princípio é imperceptível, mas com o passar dos tempos acaba se transformando em um buraco muito maior.
Certa vez o apóstolo Pedro perguntou a Jesus: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu hei de perdoar? Até sete? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete; mas até setenta vezes sete (Mt 18:21-22).
A nossa dificuldade de perdoar vem da incapacidade de pedir perdão.
Se Jesus nos alerta quanto a necessidade de aprendermos a perdoar, muito mais vezes Ele fala da urgência de pedirmos perdão.
Quando isto acontece?
Todas as vezes em que ele nos ensina que devemos ser humildes e mansos de coração.
Ser humilde é esvaziar-se de nós mesmos, é nos despojar do orgulho e da vaidade para que o Espírito Santos tenha morada em nossos corações.
Ser manso é, principalmente, exercitar a misericórdia para com o outro.
A partir do momento em que aprendemos a pedir perdão a Deus, reconhecendo - como o Apóstolo Paulo - nossas fraquezas, afirmando: Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico. (Rm 9:19), confessando - com real arrependimento - que somos pecadores, o amor Divino nos encherá.
E uma vez cheios deste amor sentiremos, também, a necessidade de amar.
Passaremos a ser mais complacentes com os erros alheios, pois, tal qual o irmão, também somos carentes de compreensão, uma vez que percebemos o quanto nos é difícil corrigir as nossas imperfeições.
Se sou falho, como posso julgar o meu próximo? Jesus diz: Por que vês o argueiro no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? ( Lc 6:41).
Não somos quem pensamos ser, ou seja, aquelas pessoas cheias de verdades, irrepreensíveis ou impecáveis; Tiago, em sua epístola diz: Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar é um homem maduro – tanto em estatura moral como na espiritual - , capaz de refrear também todo o seu corpo (Tg 3:2).
Mas este domínio ainda não faz parte da natureza humana, então o Apóstolo completa: A língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero. Com ela bendizemos ao Senhor e Pai; também com ela amaldiçoamos os homens, feitos á semelhança de Deus (Tg 3:8-9).
Se não conseguirmos nem dominar a nossa língua, quanto mais os nossos atos.
Aprender a pedir perdão, este é o primeiro passo para conseguirmos perdoar.
Senhor , sei o quanto é difícil reconhecer os meus erros,
ONDE ESTÁ DEPOSITADA TUA ESPERANÇA?
Esperança quer dizer: fé no futuro. É quando se crer que tudo vai melhorar.
Existem pessoas que depositam suas esperanças em pessoas, como por exemplo: políticos, chefes, amigos, etc. Outras, colocam seus sonhos em objetos, tais como: pés de coelho, medalha da sorte; são talismãs ou amuletos com ‘supostos’ poderes para mudar qualquer vida. Este tipo de esperança age de fora para dentro, acreditando que alguém ou alguma coisa irá mudar nossos destinos.
Normalmente isto acontece quando achamos que não temos mais saída, quando olhamos de um lado e do outro e não encontramos soluções. Isto só acontece porque esquecemos de crer naquele que, verdadeiramente, é o único que tem o poder de mudar a trajetória de nossas vidas – Jesus Cristo.
Certa vez, Abraão também se sentiu triste e abatido. Sua esperança de ter um filho havia se esvaecido. Já se passará dez anos desde que Deus lhe prometera um herdeiro e nada havia ainda acontecido. Por apenas ver os obstáculos em sua frente - como a idade avançada e a esterilidade de sua mulher - achava que Deus o havia esquecido.
Abrão em busca da felicidade de ser pai, mudará a base de sua esperança, ela não estava mais edificada nas promessas do Criador da Vida, mais em uma pessoa – um filho herdeiro – para lhe trazer alegrias.
Muito embora triste, cabisbaixo e desiludido, e com pensamentos de tomar tal decisão, o Patriarca procura Deus e abre o seu coração. Fala da sua desesperança. Confessar sua fraqueza em não confiar na promessa divina de que seria o pai de uma grande nação.
É assim que Deus quer que façamos. Não precisamos ser super-homens ou super-mulheres e achar que a todo momento teremos que ser fortes e irrepreensíveis. Ele sabe de nossas fraquezas, espera apenas que as confessemos para que possa agir em nosso favor.
Quando Abraão desabafou, Deus veio em seu auxílio.
Mando-o que saísse para fora de sua tenda - às vezes estamos tão mergulhados em nossa cismas, dúvidas e temores que é necessários sairmos de nós mesmos para vislumbrar as maravilhas que o Pai faz por nós - e disse: olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes . Será assim a tua posteridade. Ele creu no Senhor e isso lhe foi imputado para justiça (Gn 15:5). Deus poderia ter escolhido outro exemplo, que não fosse as estrelas do céu, mais preferiu estas, por serem belas, brilhantes, intocáveis... e reais.
Com isto Ele nos ensina que: mesmo que por um período de tempo não possamos vê-las - simbolizando os momentos em que estamos envolvidos com o lado mundano e material, onde as preocupações diárias nos fazem distanciar das promessas de Deus - chegará o momento em que a noite virá e elas – as estrelas - reaparecerão em sua glória, testificando que Deus está sempre presente, nós é que muitas vezes não temos olhos pra ver.
Não temas: Foi assim que Deus disse a Isaac, quando estava a procura de água no deserto.
Não temas: Encorajou Deus a Jacó quando este estava incerto de que estava fazendo a vontade de Deus, ao entrar nas terras do Egito.
Não temas: Disse Deus a Josué, quando este estava receoso em conquistar a terra prometida.
Não temas! Esta é a Palavra de Deus para não desistirmos. Mas para que Deus possa atuar em nossas vidas, precisamos dizer-lhe: Eis me aqui. Reconhecendo Jesus como Senhor e Salvador. Aquele por quem dedicaremos nossas vidas, confiando-lhe: fé, coragem, obediência e devoção. Desta forma, Deus transformará nossas dúvidas em certezas; nossas angústias em esperanças, sempre nos reafirmando: não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça ( Is 41:10).
PORQUE TODOS NÓS SOMOS PECADORES?
Nos enquadrar ao perfil de pecador é algo que, geralmente, não gostamos de confessar.
Costumeiramente dizemos que um pecador é aquela pessoa que pratica maldades, alguém que cometeu algum ato - no passado ou no presente - que venha ferir a constituição.
Ou, até mesmo, que o pecador está restrito a uma categoria de pessoas que cometem crimes hediondos como: assassinato, roubo, estelionato, seqüestro, etc.
Outros, mais sensíveis, poderão afirmar que pecador, também, é a pessoa que viola os direitos do próximo, como por exemplo: não ceder seu lugar nos transportes coletivos para as gestantes, deficientes físicos ou idosos; ou podem citar como um outro exemplo - e este bem característico da nossa cidade - que pecador são aquelas pessoas que, quando da chegada do metrô, teimam em descer pela rampa de acesso ao embarque, prejudicando aqueles que tentam alcançar o metrô antes de sua saída. Talvez alguém nem classifique estes dois últimos exemplos como pecado. Provavelmente, você pode está olhando para si mesmo, neste momento, e dizendo que não se enquadra na classificação de pecador, por ser alguém cumpridor dos seus deveres: Trabalhador, honesto, bom pai ou boa mãe, um bom filho ou uma boa filha, uma esposa ou um marido fiel, praticante da caridade, podendo até se considerar um bom amigo e companheiro, e além de tudo isso, ainda, ter fé em Deus.
Então você está se perguntando: Porque eu seria classificado como um pecador?
Antes de responder a esta pergunta, vamos fazer algumas considerações: Eu tenho 1,70m de altura, e serei considerada "baixinha” se estiver ao redor de pessoas com mais de 2m de altura. Porém se eu estiver rodeada de pessoas com mais ou menos 1,50m serei vista como uma pessoa alta.
Só poderemos afirmar verdadeira alguma coisa se tivermos um exemplo - ou referencial - em que possamos comparar.
Para que Deus desse cumprimento ao plano de Salvação Jesus se fez homem, para habitar entre homens e ser um modelo a ser seguido por homens.
Tomando Jesus como exemplo - ou referencial -, conhecendo sua vida, seus feitos e seus ensinamentos e comparando-os com o nosso agir, poderemos dizer, categoricamente, que não somos um pecador?
Pecamos em pensamentos e palavras, em atos e omissões, quando nos desviamos dos ensinos que Jesus nos deixou.
Portanto, somos todos pecadores, porém, nenhuma condenação há para quem está em Cristo Jesus (Rm 8:1).
Assim no momento em que Jesus aceitou morrer em nosso lugar, através do sacrifício da cruz, os nossos pecados foram perdoados, bastando para isso aceitá-lo como nosso Salvador e Senhor, arrependendo-nos sinceramente dos erros praticados.
Oremos:
Senhor, Tu conheces o meu agir e pensar,
Tu o sabes o quanto estou longe da perfeição,
e o quanto tudo isto me incomoda,
ajuda-me, Pai, a transformar a minha natureza pecamiosa,
pois só tu tens este poder.
Em nome de Jesus.
Amém!
Joseane Pires
QUAL É O SEU TIPO DE FÉ?
Quando as atribulações da vida - sejam elas quais forem - nos batem a porta, e buscamos a Deus através de nossa fé, porém as coisas continuam dando errado, a primeira reação é perguntar: Por que isto está acontecendo comigo?
Questiona-se, e chega até a se reavaliar, imaginando se a falha está em nós ou - muito pior - se está em Deus.
Mais tudo isto só acontece quando temos uma fé equivocada. Quando assimilamos um conceito religioso que está a quilômetros de distancia daquilo que o Evangelho nos têm mostrado.
Quando a fé está alicerçada em conceitos errôneos, cedo ou tarde, nos trará grandes prejuízos. É preciso muito cuidado, pois, muitas vezes, estamos tão doloridos e machucados com a vida que passamos a confundir interesses humanos com providência divina.
Para que haja um maior entendimento, catalogamos três tipos de fé equivocada:
Primeiro tipo de fé equivocada:
Fé do Escambo: É aquela fé que baseia-se em moeda de troca. Nós temos que sempre oferecer algo para Deus, pois só assim – pensamos - Ele virá em nosso auxílio.
Aqui poderíamos até fazer um trocadilho da famosa frase de Francisco de Assis: SÓ É DANDO QUE SE RECEBE.
As pessoas que têm este tipo de fé passam a se sentir lesadas quando as coisas começam a dar errado, pois o deus adorado é um ser interesseiro, que é incapaz de ajudar, suprir, consolar, sem que tenhamos que dar algo em troca.
A idéia é que quanto mais se dar, maiores são as benções recebidas.
É um deus que não faz fiado para ninguém.
Então chegar um momento em que esgota-se a fonte e a troca não é satisfatória. A partir daí vem os questionamentos: será que vale a pena “tanto sacrifício”? .
Segundo tipo de fé equivocada:
Fé Gênio da Garrafa: Esta leva a um raciocínio cujo deus é o sonho de consumo de qualquer pessoa: um gênio a nossa disposição que apenas basta mandar, exigir, ordenar que ele obedece.
Tudo isso independe se somos ou não merecedores, ou se tais pedidos estão de acordo com a vontade divina.
Os possuídores desta fé estão sempre em primeiro lugar.
É uma fé que se leva a um deus feito a nossa imagem e semelhança, quando nós é que deveríamos ser a imagem e semelhança de Deus.
Terceiro tipo de fé equivocada:
Fé do Êxodo: É a fé egoísta, do sempre querer mais. Pessoas que possuem este tipo de fé nunca estão satisfeitas com as bênçãos recebidas, estão sempre achando que merecem mais.
Na menor contrariedade dos seus interesses começam a murmurar contra Deus, dizendo que antes de aceitar Jesus como seu Salvador e Senhor, estavam bem melhor. Não importa o que Deus faça, só tem olhos para os problemas.
Alguns chegam até a fazer chantagem emocional: “Olha Deus, se continuar deste jeito, volto a ser como era antes” .
Mas a fé sadia é a FÉ APESAR DE, que baseia-se apenas na Palavra Divina, onde aprendemos a depositar nossas esperanças e dores aos pés de Cristo.
O coração dói, as lágrimas teimam em cair, tudo vai de encontro a uma razão lógica, porém confiamos e aguardamos o final da história, que está sendo escrita por Deus.
Há uma passagem bíblica, no Antigo Testamento, em que Deus fala para o profeta Jeremias: “Eu é que sei que pensamentos tenho a Vosso respeito, diz o Senhor; Pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que desejais, Então me invocareis, passareis a orar a mim e Eu vos ouvirei” (Jm 29:11-12).
Estas palavras aplicam-se também para nós hoje. Muitas vezes, só através da dor é que começamos buscar a Deus, e isto de uma forma intensa, como antídoto para as nossas lutas e atribulações.
Aprendemos a depositar nas mãos do Pai Altissímo todas as nossas esperanças.
Quando isto ocorre percebemos a grandeza do Criador da Vida, e em contra-partida nos deparamos com a nossa pequenez: Respiramos por Sua vontade, olhamos por Seu querer, falamos por Sua permissão e ouvimos por Seu consentimento.
É a Misericórdia Divina esparramada sobre nós.
