DE QUAL JESUS EU PRECISO?

(PARTE I)
“Tendo Jesus chegado às regiões de Cesaréia de Felipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? Responderam eles: Uns dizem que é João, o Batista; outros, Elias; outros, Jeremias, ou algum dos profetas. Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que eu sou? Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus”.(Mt 16:13-17).
QUEM É JESUS CRISTO?
Se fizermos esta pergunta, abordando as diversas religiões existentes no planeta, encontraremos respostas variadas, e nem sempre fiéis as Escrituras Sagradas. Ao centralizarmos a mesma pergunta para os cristãos teremos, resumidamente, uma única resposta: “Ele é o Cristo, o Filho do Deus vivo”, Aquele que veio ao mundo para remissão dos nossos pecados.
Esta resposta seria o ápice do conhecimento, pois em cada livro da Bíblia Sagrada Jesus é apresentado de forma progressiva, conforme a necessidade do seu povo. Por exemplo: percebemos que em gênesis foi revelado o Cristo preexistente, a Palavra viva, envolvido na criação. Em êxodo, indica na comemoração da Páscoa, que Jesus é o Cordeiro de Deus, oferecido pela nossa remissão. Em Números Jesus Cristo é retratado como aquele que prover. Rute antecipa a obra redentora do Salvador. Enfim, Jesus Cristo é retratado, por diversas vezes no AT, como: A PROMESSA. E é a partir desta promessa que tudo começa a complicar.
No Éden, quando Eva e Adão desobedecem, a fim de ter o mesmo grau de conhecimento que o Criador, comendo da fruta que aos seus olhos era boa e agradável, transfere para o homem sentimento egocêntrico, preocupado apenas com seu prazer. Este, no aguardo da promessa, começa a idealizar um mundo perfeito aos seus sonhos e anseios, pois sabe que promessa é coisa esperada, aguardada, mesmo não tendo a idéia de onde, nem como, muito menos quando. Porém existe a certeza de que irá se realizar.
Neste contexto se questionarmos, individualmente, aos cristãos reformulando a pergunta para o campo pessoal: Quem é Jesus Cristo para você? Encontraremos um universo de respostas, pois cada um de nós tende a esculpir o seu próprio deus.
No texto lido encontramos Jesus pelas bandas de Cesáreia de Filipe. Ele pergunta aos discípulos qual a visão do povo ao seu respeito, muitas foram as respostas, principalmente quando comparado aos profetas, pois alguns devem ter encontrado semelhança entre o ensino de Cristo e os destes grandes homens. Mostra, também, o texto que estas respostas emitem a opinião da gente comum que estava a espera do messias da promessa, Aquele, cujo Deus logo enviaria para redimir seu povo.
Aquilo que os homens pensam determina o que são e o que fazem.
Jesus, transfere a pergunta do campo geral para o campo pessoal: porém vós, quem dizeis que eu sou?
Faça a si mesmo esta pergunta, pois é neste ponto que iremos centralizar o nosso estudo.
Os portadores das Boas-Novas (Mateus, Marcos, Lucas e João) fazem quatro abordagens diferentes, tal qual Pedro na passagem bíblica, eles têm a revelação do Espírito Santo, são aspectos distintos, porém com o mesmo fundo de verdade, sendo levado a variados públicos. Pois cada público necessita de um Jesus restaurador. Quem é este povo para o qual Jesus foi revelado? Será que estas revelações só serviram para curar o público daquela época?
Embora tenham sido escritos para um contexto de mais ou menos 2.000 anos ainda assim é atual, pois todos nós precisamos identificar qual é o Jesus, que cura nossas feridas, e trata dos nossos complexos interiores.
Aprendendo a fazer esta identificação, poderemos responder a esta outra pergunta: DE QUAL JESUS EU PRECISO?
Para cada ferida há um tipo de curativo, para cada dor uma nova terapia. Para cada público um ângulo diferente. Quatro evangelhos, quatro abordagens, quatro remédios, quatro imagens distintas do Salvador.
(Continua)
Joseane JPires

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