SOB O SOL DA TOSCANA

O Título deste artigo tem o mesmo nome de um filme assistido por mim, neste final de semana. Ao final da exibição lembrei de uma passagem bíblica, e gostaria de compartilhar com vocês.
O filme Americano conta a estória de uma mulher que foi traída por seu marido e estava enfren-tando uma separação. Uma amiga, percebendo sua depressão, lhe dá de presente uma viagem para a Itália, na cidade de Toscana. Ao chegar lá, devido a vários ‘sinais’, a protagonista Fran-cisca resolve comprar um casarão antigo, gerando duas expectativas - confessadas ao corretor que se tornara seu amigo -: realizar um casamento e transformar o casarão abandonado em um lar, abrigando uma família.
Devido à solidão e a falta de perspectiva de encontrar um sincero amor entregou-se ao desânimo. Porém, aparece na trama uma mulher – meio louca, que se torna sua amiga, e lhe dá vários con-selhos, e um deles é que volte à normalidade de sua vida, não pensando no futuro mais vivendo o presente. Acatando o conselho, Francisca se envolve com a reforma da sua nova moradia, crian-do laços de amizade com os trabalhadores contratados para tal serviço. Um certo dia percebe que o lustre da sala precisa de peças e vai ao centro da cidade à procura do material e lá encontra o Marcelo, um rapaz belíssimo, com quem acaba vivendo um lindo romance. Ao retornar para ca-sa, feliz e realizada, já tendo combinado um novo encontro para o final de semana, tudo lhe pa-rece que voltou aos eixos.
No dia do reencontro, quando estava saindo de casa, recebe a visita de uma amiga, grávida - a mesma que lhe presenteara a viagem - que havia sido, também, abandonada. Então, decide ficar para apoiar a amiga, ficando à sua disposição até o nascimento do bebê, após alguns meses. Quando tudo parece está resolvido, decide ir ao encontro do seu amor; mas, para a sua surpresa, ele está com outra pessoa. Francisca volta arrasada para casa.
Chegando, encontra outro problema. Um dos seus ajudantes, um jovem polonês, está vivendo um namoro proibido, pois os pais da namorada não aceitam o casamento dos dois por este não ser italiano, nem ter uma família. Irritada com a situação e por se ver envolvida a contragosto, pro-cura os pais da moça intercedendo pelo namoro, assumindo o rapaz como seu parente. Os pais cedem e marcam o casamento dos jovens.
Francisca dispõe a sua casa para a realização do casamento e no dia, observando a alegria dos noivos e a felicidade da sua amiga com seu filhinho, percebe, após um comentário do seu amigo corretor, que havia realizado seus dois pedidos: sua casa ser palco de um casamento e abrigar uma família. Não era como esperava, ou havia pensado, porém, sentia muita paz interior. Reco-lheu-se a um canto do jardim e ficou meditando até que uma joaninha (que na trama simbolizava a realização de um desejo) é retirada do seu braço por um rapaz, que no futuro vem a ser o seu grande amor.
Linda estória e, como 99,99% das mulheres, acabei com lágrimas nos olhos. Foi neste momento que lembrei da passagem bíblica da ressurreição da filha de Jairo.
Este homem estava passando por maus momentos, doía-lhe à alma, pois sua filha de 12 anos estava à beira da morte. Procurou a ajuda de Jesus, aquele por quem sabia que realizava milagres “e lhe pediu aos prantos e com insistência: Minha filha pequena está a beira da morte! Vem, impõe tuas mãos sobre ela, para que seja curada e viva”. (Mc 5:23)
Jesus atende e vai caminhando com Jairo para a sua residência, porém antes realiza a cura da mulher hemorrágica. Houve um período de tempo entre seguir o pai aflito e a sua chegada à casa dele. Neste espaço de tempo o quadro toma outro rumo, a criança não estava mais enferma, mas já havia falecido.
O pedido do pai era que a sua filhinha fosse curada; não passara por sua cabeça o que ocorreria no final: ao invés da cura a ressurreição!
Assim, como aconteceu com a Francisca e com o Jairo, também acontece conosco. Fazemos pe-didos a Deus achando sempre que é o melhor para nós; tola ilusão, pois este querer está na super-fície do nosso eu. Somos muito mais complexos e necessitamos de muito mais coisas do que imaginamos. Contudo, Jesus conhece a natureza humana, conforme nos afirma Tiago em sua carta afirma: “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal.” (Tg 4:3).
Jairo pedira a saúde de sua filha, porém, não enxergava que sofria de um mal maior: a increduli-dade. Por isso quando chegaram algumas pessoas da casa de Jairo informando que sua filha já estava morta, Jesus apenas disse: “Não temas, tão somente continue crendo!” (Mc 5:36)
O pedido de Jairo iria ser atendido, ele teria a sua filha, sadia, de volta, precisava apenas crer que Jesus é Deus e confiar em seus desígnios. “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR.” (Is 55:8)
A joaninha no braço de Francisca significava a realização da sua verdadeira necessidade; porém, antes, ela precisava aprender a perdoar, amar, viver. E quando finalmente descansou, seu sonho se realizou: conseguiu um grande amor.
A joaninha para nós significa: Jesus Cristo. Quando finalmente descansarmos nEle crendo, apesar das aparências em contrário, nossos olhos são abertos, nossa fé solidificada e tudo o mais terá o seu curso normal.
Minha Oração
Senhor, a cada dia percebo a tua grandeza em transformar as coisas simples em ensinamentos de vida. Ajuda-me a enxergar a doença da minh’alma Estando aberta para o Teu mover. Em nome de Jesus. Amém! Joseane Pires

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Joseane, parabéns pelo seu blog. visite o meu:
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