O PAN, A GINÁSTICA E NÓS

Ontem foi a final da ginástica olímpica do Pan, por trabalhar em casa tive o privilégio de acompanhar todas as competições. Assim, aprendemos (eu e minha família) algumas regras, como por exemplo: cada ginasta tem uma nota de partida antes de iniciar sua apresentação. Devido ao grau de dificuldade de cada exercício que venha desempenhar. Se o atleta que tenha sua nota de partida estipulada no valor de 16.500 pontos ao fazer a sua apresentação cometendo algumas falhas esta nota cair para 15.300 pontos, este atleta, individualmente, tem um desempenho inferior a um outro ginasta cuja nota de partida seja 14.500 pontos e receba no final - após os descontos das falhas cometidas - uma nota de 14.100 pontos. Embora que, aos olhos do grande público e para competição o que interessa é o número de pontos alcançados, aos olhos do treinador o esforço e perseverança do atleta é o estímulo necessário para que ele (o treinador) continue investindo na carreira do ginasta. Assim, somos nós aos olhos do Pai. Ele nos conhece profundamente – até muito mais do que a nós mesmos. Sabendo das nossas dificuldades e da complexidade do meio em que vivemos, não espera de nossa parte nada além do que possamos realizar. É por isso que Jesus está sempre nos dizendo para não julgarmos o nosso próximo. Se aos olhos do grande público espera-se desempenhos fabulosos, renúncias mirabolantes, o Criador da Vida, é o único que conhece todas as limitações. No caminho da perfeição, em busca do “ alvo pelo prêmio da vocação celestial de Deus em Cristo Jesus ” (Fp 3:14), cada um cuide de si mesmo, deixando de se preocupar com a pontuação do companheiro ou com a glória aclamada pela multidão, pois se assim o fizermos estaremos apenas nos preocupando com as coisas terrenas. Antes, busquemos aprovação dAquele que nos criou para SUA GLÓRIA. “... com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós" ( Mt 7:2). Minha Oração Senhor, ajuda-me para que cada dia Busque apenas de Ti o reconhecimento, Não me importando com meu desempenho Ou desempenho do meu irmão. Em nome de Jesus, Amém! Joseane JPires

E NÃO É QUE TINHA SERPENTE NO JARDIM !!!!!

Atrás da minha casa corre um rio, meio poluído, mas é um rio. Costumo dizer que ali é o jardim zoológico particular do meu marido, pois ele conhece todos os moradores: as tartarugas, as galinhas d’águas e seus filhotes,os calangos, enfim, todas as espécies que dali se alimentam.
Nossa casa fica no 1º andar, portanto, temos uma vista panorâmica. O que divide a área construída da vegetação selvagem é um muro. Do lado, na parte externa, tem um ingazeiro, lindo e frondoso, cujos galhos estavam tão grandes que beiravam o parapeito da nossa varanda. Todos os dias, tanto eu quanto meu marido, comentávamos: precisamos podar estes galhos, senão qualquer dia destes algum animal pode atravessar. Mas nada fazíamos a respeito. E os galhos cada vez mais cresciam e encostavam-se a nossa varanda.
Até que um dia aconteceu: Uma cobra estava passeando em nosso parapeito! Sorte que Maury (meu esposo) percebeu em tempo para não entrar na varanda, assustando-a para que voltasse ao seu habitat natural. Mal passou o susto, eis que outra cobra aparece e segue o mesmo percurso. Então não teve mais jeito criamos ‘vergonha’ e fomos podar os galhos da árvore.
Assim, também, acontece em nossa vida espiritual. Sabemos que existem determinadas atitudes que se não forem podadas em tempo causarão grandes transtornos. Identificamos o problema, sabemos como resolvê-lo, porém dá aquela ‘preguiçinha’, porque a mudança demanda vontade e renúncia.
Geralmente são coisas simples, tão pequenas que não percebemos a armadilha do diabo, por exemplo: • Que mal há em fazer um ‘pequeno’ comentário sobre a vida de alguém, quando todos já sabem e comentam a respeito? • Que mal há em deixar alguém ‘quebrar a cara’ quando poderíamos evitar? • Que mal há em contar uma piada picante numa roda de amigos, quando todos assim o fazem?
As perguntas abaixo poderiam, também, ser as perguntas do Rei Davi enquanto passeava pelo terraço de sua casa, observando Beta-seba tomar banho. (1Sm cap.11 e 12) • Que mal há em admirar uma linda mulher? • Que mal há em sabe quem é? • Que mal há em querer ‘apenas’ conhecê-la? O final desta história? Assassinato.
QUE MAL HÁ?
Esta é a pergunta quando queremos driblar a consciência. Ora tudo é permitido, mas, nem tudo nos convém. O limite? Está dentro de nós, onde o Espírito Santo faz morada.
Contudo, precisamos estar cientes das advertências do Apóstolo Paulo: “ Se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado a direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; ... Fazei pois morrer a vossa natureza terrena; prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência; nas quais também em outro tempo andastes, quando vivíeis nelas; Mas agora despojai-vos também de tudo isto: ira, cólera, malícia, maledicência, linguagem obscena do vosso falar. Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do homem velho com os seus feitos, e vos revestistes do novo homem, que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou.” (Cl 3:1-2, 5:10)
Todavia, uma outra questão surge em nós: onde encontraremos forças para lutar contra nossa natureza?
Na Palavra poderíamos citar várias passagens, mais deixo apenas dois princípios:
• Ouvindo a Jesus: “Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito.” (Jo 15:7)
• E na afirmação de Paulo: “... Deus é fiel e não permite que sejamos tentados além das nossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, nos proverá livramento, de sorte que a possamos suportar.” (1Co 10:13)
E... com o passado o que faremos?
Proceder conforme o rei Davi, que ao arrepender-se do que fez quebrantou-se perante o Senhor, aprendendo que não são atitudes exteriores que agrada ao Criador da Vida mais um coração compungido e contrito. (Sl 51)
Pois, “Se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1ªJo 1:9)
Caso contrário cairemos na estratégia de Satanás: “Ora, havendo o espírito imundo saído do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso; e não o encontrando, diz: Voltarei para minha casa, donde saí. E chegando, acha-a varrida e adornada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e o último estado desse homem vem a ser pior do que o primeiro.” (Lc 11:24-26)
Moral da história: Não adianta apenas assustar a cobra, pois outras cobras virão. Faz-se necessário cortar o mal pela raiz.
Minha Oração
Senhor, Ajuda-me a reconhecer o mal em mim. de forma que possa, através do sangue de Cristo, ser purificada de todo erro. Em nome de Jesus. Amém!
Joseane JPires

SOB O SOL DA TOSCANA

O Título deste artigo tem o mesmo nome de um filme assistido por mim, neste final de semana. Ao final da exibição lembrei de uma passagem bíblica, e gostaria de compartilhar com vocês.
O filme Americano conta a estória de uma mulher que foi traída por seu marido e estava enfren-tando uma separação. Uma amiga, percebendo sua depressão, lhe dá de presente uma viagem para a Itália, na cidade de Toscana. Ao chegar lá, devido a vários ‘sinais’, a protagonista Fran-cisca resolve comprar um casarão antigo, gerando duas expectativas - confessadas ao corretor que se tornara seu amigo -: realizar um casamento e transformar o casarão abandonado em um lar, abrigando uma família.
Devido à solidão e a falta de perspectiva de encontrar um sincero amor entregou-se ao desânimo. Porém, aparece na trama uma mulher – meio louca, que se torna sua amiga, e lhe dá vários con-selhos, e um deles é que volte à normalidade de sua vida, não pensando no futuro mais vivendo o presente. Acatando o conselho, Francisca se envolve com a reforma da sua nova moradia, crian-do laços de amizade com os trabalhadores contratados para tal serviço. Um certo dia percebe que o lustre da sala precisa de peças e vai ao centro da cidade à procura do material e lá encontra o Marcelo, um rapaz belíssimo, com quem acaba vivendo um lindo romance. Ao retornar para ca-sa, feliz e realizada, já tendo combinado um novo encontro para o final de semana, tudo lhe pa-rece que voltou aos eixos.
No dia do reencontro, quando estava saindo de casa, recebe a visita de uma amiga, grávida - a mesma que lhe presenteara a viagem - que havia sido, também, abandonada. Então, decide ficar para apoiar a amiga, ficando à sua disposição até o nascimento do bebê, após alguns meses. Quando tudo parece está resolvido, decide ir ao encontro do seu amor; mas, para a sua surpresa, ele está com outra pessoa. Francisca volta arrasada para casa.
Chegando, encontra outro problema. Um dos seus ajudantes, um jovem polonês, está vivendo um namoro proibido, pois os pais da namorada não aceitam o casamento dos dois por este não ser italiano, nem ter uma família. Irritada com a situação e por se ver envolvida a contragosto, pro-cura os pais da moça intercedendo pelo namoro, assumindo o rapaz como seu parente. Os pais cedem e marcam o casamento dos jovens.
Francisca dispõe a sua casa para a realização do casamento e no dia, observando a alegria dos noivos e a felicidade da sua amiga com seu filhinho, percebe, após um comentário do seu amigo corretor, que havia realizado seus dois pedidos: sua casa ser palco de um casamento e abrigar uma família. Não era como esperava, ou havia pensado, porém, sentia muita paz interior. Reco-lheu-se a um canto do jardim e ficou meditando até que uma joaninha (que na trama simbolizava a realização de um desejo) é retirada do seu braço por um rapaz, que no futuro vem a ser o seu grande amor.
Linda estória e, como 99,99% das mulheres, acabei com lágrimas nos olhos. Foi neste momento que lembrei da passagem bíblica da ressurreição da filha de Jairo.
Este homem estava passando por maus momentos, doía-lhe à alma, pois sua filha de 12 anos estava à beira da morte. Procurou a ajuda de Jesus, aquele por quem sabia que realizava milagres “e lhe pediu aos prantos e com insistência: Minha filha pequena está a beira da morte! Vem, impõe tuas mãos sobre ela, para que seja curada e viva”. (Mc 5:23)
Jesus atende e vai caminhando com Jairo para a sua residência, porém antes realiza a cura da mulher hemorrágica. Houve um período de tempo entre seguir o pai aflito e a sua chegada à casa dele. Neste espaço de tempo o quadro toma outro rumo, a criança não estava mais enferma, mas já havia falecido.
O pedido do pai era que a sua filhinha fosse curada; não passara por sua cabeça o que ocorreria no final: ao invés da cura a ressurreição!
Assim, como aconteceu com a Francisca e com o Jairo, também acontece conosco. Fazemos pe-didos a Deus achando sempre que é o melhor para nós; tola ilusão, pois este querer está na super-fície do nosso eu. Somos muito mais complexos e necessitamos de muito mais coisas do que imaginamos. Contudo, Jesus conhece a natureza humana, conforme nos afirma Tiago em sua carta afirma: “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal.” (Tg 4:3).
Jairo pedira a saúde de sua filha, porém, não enxergava que sofria de um mal maior: a increduli-dade. Por isso quando chegaram algumas pessoas da casa de Jairo informando que sua filha já estava morta, Jesus apenas disse: “Não temas, tão somente continue crendo!” (Mc 5:36)
O pedido de Jairo iria ser atendido, ele teria a sua filha, sadia, de volta, precisava apenas crer que Jesus é Deus e confiar em seus desígnios. “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR.” (Is 55:8)
A joaninha no braço de Francisca significava a realização da sua verdadeira necessidade; porém, antes, ela precisava aprender a perdoar, amar, viver. E quando finalmente descansou, seu sonho se realizou: conseguiu um grande amor.
A joaninha para nós significa: Jesus Cristo. Quando finalmente descansarmos nEle crendo, apesar das aparências em contrário, nossos olhos são abertos, nossa fé solidificada e tudo o mais terá o seu curso normal.
Minha Oração
Senhor, a cada dia percebo a tua grandeza em transformar as coisas simples em ensinamentos de vida. Ajuda-me a enxergar a doença da minh’alma Estando aberta para o Teu mover. Em nome de Jesus. Amém! Joseane Pires