A IMPORTÂNCIA DE UM FORNO PRÉ-AQUECIDO

Certa vez, assistindo, na televisão, a um desses programas de culinária, observei os cuidados que devemos ter antes de preparar um bolo.
Geralmente nos preocupamos em saber se não está faltando os ingredientes; se as medidas estão corretas; porém, esquecemos da importância de pré-aquecer o forno, conforme a orientação do mestre-cuca.
Nossa ânsia de provar a guloseima, queimamos esta etapa, indispensável, na preparação do bolo.
Assim, também, acontece em nossa caminhada com Cristo.
Estamos tão preocupados, em saborear as promessas de Deus, que esquecemos de priorizar as orientações feitas pelo Criador da Vida.
E quais são estas orientações?
Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas as coisas vos serão acrescentadas. (Mt 6:33)
É muito comum queremos barganhar para receber primeiro os acréscimos, e só daí dedicar-nos ao Reino e buscar a justiça divina.
E isto, geralmente, acontece quando estamos passando por momentos de crises. Queremos as soluções antes de nos deleitar com a Palavra.
Na passagem bíblica sobre a pesca milagrosa (Lc 5), encontramos homens sem esperanças de conseguirem o seu ganha pão, naquele dia. Passaram toda à noite na pesca e nada conseguiram: “ Mestre, havendo trabalhado toda noite, nada apanhamos.” (vv.5a).
Assim, muitas vezes, estamos nós. Quando Jesus nos convida para recomeçar a jornada, dando-nos um pouco de esperança, lembramos – automaticamente- de todas às vezes que já o tentamos e não tivemos êxitos.
Mas, Simão - que também é chamado de Pedro –, mesmo diante da sua incredulidade no sucesso da nova pescaria, preferiu crer nas promessas de Jesus e jogou, novamente, as redes ao mar da Galiléia: “ mas sobre a tua palavra lançarei as redes.” (vv. 5b)
Porém, antes disto acontecer, ou seja, de Jesus mandar que jogassem as redes ao mar, há uma particularidade, muitas vezes não percebida, devido a nossa incessante busca pelas bênçãos celestiais.
“Entrando em um dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia; e assentando-se, ensinava do barco as multidões.” (vv 3)
O fenômeno da pesca milagrosa só foi possível porque ANTES Simão ouviu a palavra de Jesus e se fez servo para que os ensinamentos de Cristo alcançassem outras pessoas.
Ou seja, Pedro foi o primeiro a ouvi a pregação - pois Jesus estava ao seu lado – e, fora o próprio apóstolo, quem manobrou o barco, enquanto Cristo falava as multidões.
O que a passagem bíblica nos ensina?
PRIMEIRO: “Buscai primeiro o Reino de Deus ...”
Nos momentos de desilusões, quando achamos que nada mais irá adiantar, não devemos lutar contra a maré, precisamos nos colocar ao lado de Jesus, compartilhar de Sua intimidade, sermos os primeiros a querer ouvir a sua voz – e isto se faz dentro de nossos corações - , para fortalecer e revigorar as nossas almas.
SEGUNDO: “...E a sua justiça ...”
Depois, conduzindo o barco da vida, sermos o instrumento da revelação, ensinando que Jesus veio para: “anunciar boas novas aos pobres; proclamar libertação aos cativos, e restaurar a vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos.” (Lc 4:18).
TERCEIRO: “...E todas as coisas vão serão acrescentadas ...”
Só assim alcançaremos - fartamente - grandes quantidades de bênçãos. Teremos as nossas necessidades físicas e espirituais supridas - “ isto fazendo, apanharam grande quantidades de peixes”(Lc 5:6 a) - , assim grande paz transbordará de nossos corações - “ e rompiam-se-lhes as redes (vv.6b).
Quando pré-aquecemos os nossos corações da Palavra Divina (forno), e vivenciamos o Evangelho no dia-a-dia (elaboração do bolo), passamos a refletir a glória de Deus em nossas ações e atitudes ( a satisfação de ter acertado a receita).
Uma vez cheios do Espírito Santo, sentimos a necessidade de compartilhar entre os irmãos, o amor e a misericórdia de Deus em nossas vidas.
“ Então fizeram sinais aos companheiros do outro barco, para que fossem ajuda-los. E foram e encheram ambos os barcos ao ponto de quase irem a pique” ( Lc 5:7).
Oremos:
Senhor, ensina-me a primeiro buscar o teu Reino,
Em detrimento das minhas necessidades.
Faz-me servo, ao invés de querer ser servido.
E que se cumpram as Tuas promessas.
Em nome de Jesus.
Amém!
Joseane Pires

QUERO VOLTAR A SER CRIANÇA!

Se alguém perguntar a um adulto, se gostaria de voltar a ser criança - é fácil de imaginar que, rapidamente - lembrará das contas à pagar, das preocupações com o trabalho profissional, das responsabilidades em que, todas as pessoas de sua faixa etária, se ver envolvido, enfim, virá à tona todas as correrias do dia-a-dia, depois surgirá em sua tela mental imagens de crianças brincando, estudando, sem nenhuma preocupação com o dia de amanhã, e a resposta com certeza será um belo e sonoro: CLARO QUE SIM!.
Mas, se esta mesma pergunta for proferida a um adolescente - isto seria mesmo que uma afronta - pois lembrará rapidamente da dependência dos seus pais. Decisões simples como: o que irá comer no almoço; qual roupa deverá vestir para ir a tal festa ou passeio; ou qual programa de TV poderá assistir, caberiam exclusivamente para os seus genitores decidirem, e a sua resposta - já podemos imaginar - um repugnante: NÃO!.
Embora sejam formas diferentes de se analisar uma mesma pergunta, ambas, em suas particularidades, estão corretas quando compreendemos o que realmente Jesus quis dizer, quando afirmou: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.” (Mt 18:3)
Costumeiramente, ouvirmos esta passagem ressaltando a necessidade de voltarmos a ser crianças como sinônimo de pureza, simplicidade, lealdade e ingenuidade. Porém gostaria de compartilhar este mesmo trecho das Escrituras sob um novo ângulo.
Primeiro: Ele chama a atenção para a necessidade de uma conversão.
Muitas vezes fazemos um conceito errado do que seja a conversão. Enganam-se aqueles que pensam que conversão é apenas saber quem foi Jesus e o que ele fez por nós, por que o CONHECER não muda ninguém .
O Apóstolo Paulo já nos adverte em sua carta aos Romanos, de que não basta ter apenas o conhecimento, pois a sociedade gentílica - daquela época - mesmo tendo acesso aos justos decretos de Deus, descartam esse conhecimento: " Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem ." ( Rm 1:32)
Várias pessoas conhecem os jogadores que foram escalados para a Seleção Brasileira de Futebol, mas este conhecimento não os tornam jogadores, muito menos craques.
Outro erro é achar que conversão é APROVAR o sacrifício da cruz. Aprovar as táticas utilizadas em campo, não transforma ninguém em técnico de futebol.
Outros acham que se uma pessoa está em uma religião cristã, já está convertida.
Na verdade conversão significa “volta”, quer dizer: voltar-se do pecado para Cristo, reconhecendo nossa pequenez perante o Criador, arrependendo-se de não o tê-lo "ainda" aceito como seu Salvador e conseqüentemente instituíndo-o como seu Senhor.
Segundo: Cristo afirma que é preciso vos tornardes como crianças. Ele fala da dependência exclusiva do Pai, e quanto menor em idade for a criança - que devemos nos tornar - maior será esta comunhão.
Acertadamente os adolescentes, da ilustração acima, imaginam a correta dependência, pois tudo que temos vem dAquele que, não só nos dá à vida, mas, supri as nossas VERDADEIRAS necessidades.
Faz-se urgente relembrarmos do tempo em que pedíamos permissão aos nossos pais para tomar qualquer decisão, e aplicarmos hoje - tais procedimentos - em nossas orações, com o compromisso sincero de acatar estas ordens.
Os adultos, também - mencionados aqui -, acertam quando imaginam crianças em confiança absoluta, vivendo despreocupadas, pois sabem que existem alguém, acima delas, que as guardam de todo o mal, mesmo que não compreendam algumas atitudes.
"E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito." (Rm 8:28) Sempre que nos sentir só ou desamparados, basta clamar que o socorro sempre virá - não importa o quanto demore - pois, Ele é fiel e justo: "Amo o Senhor, porque ele ouve a minha voz e as minhas súplicas. Porque inclinou para mim os seus ouvidos, invoca-lo-ei enquanto eu viver" (Sl 116:1-2).
Jesus alerta: Para entrar no Reino dos Céus, é necessário conversão e dependência, arrependimento e entrega, mudança e obediência. Cristo em uma outra passagem continua afirmando:"Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele." (Mc 10:15).
Oremos:
Senhor, ensina-me a voltar a depender
exclusivamente de Ti,
Que a dependência e submissão
a Tua Palavra sejam
minha regra de conduta.
Em nome de Jesus.
Amém!
Joseane Pires

MINHA GRAÇA TE BASTA

Lá estava eu, dentro de um avião rumo a São Paulo - Guarulhos, para participar do Congresso da SEPAL que duraria uma semana, inteirinha, em Águas de Lindóia.
Naquele momento agradeci a Deus; sabia que tudo tinha sido por Sua vontade, pois há um mês tudo aconteceu de forma a proporcionar a minha participação; porquanto, quando ainda não havia conseguido nem sair do lugar, é que entreguei tudo nas mãos dAquele que me trouxe à Vida, em sua onipotência, eis que tudo foi providenciado ... Silenciosamente.
Eu aprendi, desde muito tempo, a perguntar - tantos nos momentos felizes quanto nos momentos tristes (principalmente nestes) – o que o nosso Pai Altí­ssimo quer nos ensinar com estas experiências.
Para este evento, a primeira lição começaria, ao desembarcar no aeroporto: esperei no saguão de desembarque, durante 9 horas, o transporte para o hotel, e levamos cerca de 7:30 horas no percurso que normalmente se dá entre 3 a 4 horas (isto se houver engarrafamento na marginal do Tiête).
Ao chegar ao destino tive uma surpresa, surgindo daí­ umapergunta: Por que apenas eu, de um grupo de 6 amigos, fiquei hospedada em um hotel longe da cidade, enquanto todos haviam sido transferidos, pela administração do evento, para ficarem juntos em um hotel no centro da cidade? Coincidência? Não, esta seria a minha segunda lição.
Na verdade, foram muito mais ministrações diretas de Deus em meu coração; mas, hoje, quero apenas compartilhar apenas duas delas: Longanimidade e confiança na providência divina.
Como pregadores, vivemos falando e ensinando sobre o fruto do Espí­rito - Mas o fruto do Espí­rito é: o amor, o gozo, a paz, alonganimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade. (Gal 5:22),esquecendo-nos, muitas vezes, de colocarmos em prática tais ensinamentos.
Já ouvi a comparação de que o fruto do Espí­rito é semelhante a uma tangerina, e de que cada gomo representa uma qualidade. Vou mais além com este exemplo: Toda tangerina tem caroços, mas nem todos os gomos os possuem. Portanto, se cada gomo representa uma das qualidades, acredito que os caroços em alguns gomos simbolizam alguns atributos do fruto ainda em fase de desenvolvimento. Já tentou mastigar um desses caroços? São amargos e difí­ceis de digerir. E quanto mais caroços, mais dificuldades.
Assim, penso, são alguns atributos do fruto do Espí­rito. Alguns, devido a nossa natureza interior, são fáceis de aprender e desenvolver, enquanto outros...
Durante todo o evento fui confrontada com situações em que fazer valer os meus direitos seria a opção mais natural, mas algo dentro de mim estava sempre sinalizando: paciência, longanimidade, paciência, longanimidade...
São capacitações, paralelas à vida cotidiana que Deus nos faz cursar. A inscrição vem do alto, com custo zero, porém precisamos ter desprendimento uma vez que a ministração é realizada em tempo integral.
Nunca sabemos quando será aplicada a prova final.
O Segundo ensinamento é: SEMPRE confiar na providencia divina.
Quando me vi longe dos meus amigos, a primeira reação foi sentir-me sozinha, isolada, rejeitada. Mas num segundo momento, busquei a Palavra, e a Palavra diz: “e sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28).
Qual era o propósito de Deus de eu estar naquele evento? Para que Deus me levou até lá? Por que o ‘isolamento’?
Naquele momento, esta foi a minha oração: Deus o que Tu queres que eu aprenda com tudo isto? Esta deve ser a oração de todo cristão, que passa por situações que sua razão desconhece, penso eu!
Deus me respondeu: MINHA GRAÇA TE BASTA!
E disse mais: Eu te chamei para teres um encontro comigo. Eu te chamei para entenderes a razão das muitas dores sofridas em tua caminhada. Eu te isolei porque quero ficar a sós contigo.
O que Deus falou ao meu coração fica entre mim e Ele.
Mas o ensinamento está para quem tem olhos para ver e ouvidos para escutar.
Oremos:
Senhor, ensina-me sempre a extrair
das diversidades da vida Teus ensinamentos,
e procurar em primeiro lugar o Teu Reino
pois tudo o mais, depois, será acrescentado.
Em nome de Jesus.
Amém!
Joseane Pires

COMO SAIREMOS DA LATA?

Quando era pequena, nos meus 7 anos de idade, aproximadamente, tive um passarinho de que gostava muito, não por cantar mas porque era um 'perneta', após ter sofrido um acidente em sua gaiola (Hoje, sou totalmente contra a qualquer tipo de cativeiro).
Certo dia, o encontrei morto. Foi a minha primeira experiência com a morte. Um dos meus amiguinhos disse que um passarinho seu havia morrido. Ele ficou muito triste,mas aí teve uma grande idéia: colocou o bichinho dentro de uma lata e bateu. Bateu tanto que o animal voltou à vida.
Em minha inocência, quis fazer a mesma coisa: coloquei o meu passarinho dentro da lata e passei a manhã toda batendo, fiz o maior barulho, e de vez em quando dava uma 'espiadinha’ para ver se ele havia ressuscitado.
Chegou um momento em que entreguei os pontos - meu passarinho não reviveu. Conformada realizei seu funeral, colocando-o dentro de um buraco em um muro que estava em construção. Foi duro, mas sobrevivi a experiência. Serviu como base para enfrentar a morte humana.
A morte física promove, para muitos, um sentimento de impotência, pois olhar para um corpo - agora desfalecido - querendo travar um relacionamento, tornar-se um ato inútil, pois seria o mesmo que estivesse falando com um boneco, uma porta, ou um objeto qualquer.
A perda de um ente querido - seja parente ou amigo - é a prova mais dura de enfrentar. Imaginar o quanto, ainda, poderiam ser felizes juntos; quantas palavras seriam trocadas; quantas juras de amor proferidas; quantos carinhos compartilhados...
Assim, também, sente Deus com relação a todos nós.
Estamos mortos espiritualmente, inertes, devidos aos nossos delitos e pecados, herança contraída dos nossos primeiros pais - a saber, Adão e Eva - que foram seduzidos pela astúcia e tentação, decaindo da sua retidão original e da comunhão com Deus, tornando-se mortos em pecado e inteiramente corrompidos em todas as faculdades e partes do corpo e da alma (confissão de fé), por isso Paulo, o apóstolo, em sua carta aos Romanos diz: Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram (Rm 5:12).
Esta morte em vida cria uma barreira entre o ser humano e Deus. O Criador da Vida fala, mas não o ouvimos; o EU SOU age, mas não reagimos; O Pai Altíssimo chama, mas não respondemos; continuamos em nossos próprios caminhos, como se Deus não existisse.
Tal qual a morte do corpo, a morte espiritual traz as marcas da decomposição, não em sentido literal de carne estragada, mas, na integridade pessoal, na formação da personalidade, no relacionamento com a comunidade, na integração entre os povos.
O homem sem Deus está se decompondo. A sociedade humana se decompõe, quando se separa de Deus (Tão Grande Salvação – Russel Shedd).
Contudo, ainda resta esperança!
Pois “Ele (Deus) nos deu vida, estando nós mortos em nossos delitos e pecados (...), pois Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo; pela graça somos salvos; juntamente com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus (Ef. 2:1,4-6).
E como isto acontece?
Apenas, através do Evangelho de Jesus Cristo, portanto, não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos (At 4:12).
É no Evangelho que Deus proclama o seu amor ao mundo, revela clara e plenamente o único caminho da salvação, assegura vida eterna a todos quantos verdadeiramente se arrependem e crêem em Cristo, pois, Ele é o caminho, e a verdade e a vida (Jo 14:6).
Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida (I Jo 5:12).
Jesus diz: Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo (Ap. 3:20).
Deus hoje, está nos colando dentro de uma lata, batendo com todas as forças para despertamos da morte e ressurgir para à vida.
Qual será a nossa decisão?
Oremos

Senhor, por muito tempo permaneci preso
aos meus próprios interesses,
Hoje, percebo que nada sou,
se Tu não estiveres ao meu lado,
Porém, Tu sabes que forças minhas não tenho
para enfrentar esta situação
Portanto, ajuda-me a ser forte e
voltar a ter comunhão Contigo,
Restaurando a vida que deixou de existir em mim.
Em nome de Jesus.
Amém.
Joseane Pires

QUANDO A FRAQUEZA É UM EXEMPLO

É muito comum, hoje em dia, a busca da fama; seja ela através da televisão, música, imprensa ou esportes. São pessoas que fazem de tudo para impressionar, mostrar o que tem de melhor, ou até mesmo: fingir que tem algo melhor, para alcançar seus sonhos e objetivos.
Isto porque, intimamente, sabemos – e valorizamos - que o mundo está à procura de ídolos, para que possam ditar regras e costumes. Alguém que impressione, deixando todos boquiabertos, com seus atos grandiosos.
Esquecemos que a vida é feita - não de momentos extraordinários, mas - de atos simples e contínuos. Objetivos são alcançados pelo simples transcorrer e trabalhar de cada dia.
E ser simples significa: ser sincero, sem segundas intenções, levando-nos a viver uma vida transparente. É estar de coração puro perante os homens e, principalmente, diante de Deus. Porque Deus se compraz com a sinceridade.
Sinceridade de sentimentos expõe quem verdadeiramente somos sem disfarces ou fingimentos. Somos o que somos: ora fortes, ora fracos; às vezes confiantes outras vezes medrosos; transmitindo alegrias, ou demonstrando tristezas; sorridentes ou chorosos.
Há um homem na Bíblia, chamado Davi, que foi escolhido por Deus para governar o seu povo, porém este pecou, cometendo adultério, chegando a ter a tramar a morte do companheiro da mulher amada - pois viver uma vida ao lado de Deus, não significa que estejamos isentos de cometer erros.
Mas quando caiu em si, reconhecendo o seu delito, não se escondeu através de máscaras, antes confessou ao Criador da Vida seu pecado, dizendo: Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias. Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado. Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim (Salmos 51:1-3).
Enquanto este rei não olhou para si mesmo, reconhecendo seu erro, viveu atormentado com a sua consciência, veja o que ele diz no Salmo 32 (vv.3-4):Enquanto guardei silêncio, consumiram-se os meus ossos pelos meus constantes gemidos todos os dias. Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio.
Porém, confessando, com real sinceridade de arrependimento, foi alcançado pela Graça Divina: Confessei-te o meu pecado, e a minha iniqüidade não encobri. Disse eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a culpa do meu pecado (Salmos 32:5).
Quando temos a coragem de reconhecer nossas fraquezas Deus é misericordioso conosco. O Apóstolo João diz: Se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (1º João 1:9).
O Rei Davi foi um homem extraordinário, amado por Deus e exemplo seguido por muitos - isto até hoje. Não pelo fato de ter sido um grande guerreiro ou um providente rei, mas porque tinha a coragem de expor para Deus suas fraquezas.
Oremos
Senhor ensina-me a buscar na simplicidade da vida,
E na transparência dos meus sentimentos
a comunhão Contigo,
Para que possa ser um exemplo para muitos,
Não por atos grandiosos, ou feitos marcantes
Mas por depositar a minha confiança no Teu amor,
Confessando minhas fraquezas a Ti.
Em nome de Jesus.
Amém!
Joseane Pires